PROJETO NEGROS E NEGRAS EM MOVIMENTO

Objetivos: - A contribuição do negro na formação social brasileira - A discriminação racial no Brasil. Movimentos de resistência de negros pela cidadania e pela vida; - Políticas sociais e população negra: trabalho, saúde, educação e moradia; - Relações étnico-raciais, multiculturalismo e currículo; - Aspectos normativos da educação de afro-brasileiros. - EMAIL PARA CONTATO: negrosenegras@gmail.com

October 28, 2008

Escola de São Carlos SP, é premiada por desenvolver projeto de valorização da cultura negra

A premiação aconteceu em setembro, promovida pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades. As atividades foram desenvolvidas pelo Centro Municipal de Educação Infantil (CEMEI) José Marrara, com crianças entre 0 e 3 anos


Valorizar a cultura negra e sensibilizar profissionais contra o preconceito racial. Estes são alguns dos objetivos do projeto "Mês da Consciência Negra no CEMEI José Marrara", realizado em São Carlos (SP). As ações partiram de uma proposta anterior desenvolvida por Gabriela Guarnieri Tebet, mestre em Educação pela UFSCar e professora do CEMEI premiado.

Gabriela Tebet relata que a idéia do projeto implantado na escola surgiu a partir do livro "Trabalhando a diferença na Educação Infantil", escrito por ela e outros dois autores durante o seu mestrado na UFSCar. O objetivo do livro era trabalhar a formação de professores voltada para a reflexão sobre as mais variadas diferenças raciais e culturais presentes no dia-a-dia escolar. Com base nesse trabalho e o foco voltado à valorização da cultura negra, Gabriela, com a participação de outras professoras do CEMEI, realizou uma série de atividades, em novembro de 2007, destinadas às crianças entre 0 e 3 anos que freqüentam a escola.

Entre as atividades foram apresentados fantoches e contações de histórias, com base em livros infantis com personagens negras; trabalhos artísticos; confecção de máscaras africanas; matinê com músicas black; apresentações de capoeira, da dança tradicional maculelê, e até aulas de culinária com comidas típicas da África.

Gabriela Tebet relata que as crianças aproveitaram muito a dinâmica dos 15 dias de atividade. "Elas ainda são muito pequenas para entender o significado do preconceito, o importante foi aproximá-las de culturas, valores e atividades peculiares da África", afirma a professora. Outro ponto destacado por ela é o fato de que as crianças negras se sentiram valorizadas "ao ver seus pais e outros convidados, também negros, participando das atividades e assumindo papéis de destaque nas apresentações".

O preconceito racial pode ser percebido logo nos primeiros anos de vida, segundo Grabiela. Ela ressalta que a própria família embute esses valores nas crianças e que elas levam isso para dentro da escola. "Em casa, os pais dizem não gostar dos negros, ou têm atitudes que reforçam isso. Quando chegam na escola, os alunos não respeitam professores negros, ou se afastam de coleguinhas afro-descendentes", reconhece a professora.

Na tentativa de chamar a atenção para essas questões, as atividades do projetos foram de extrema importância, de acordo com a professora. "Os pais participaram ativamente das práticas, as famílias se aproximaram e, principalmente, conseguimos sensibilizar alguns professores e funcionários que muitas vezes não estão atentos às diferenças raciais em sala de aula."

O projeto desenvolvido no CEMEI foi premiado em setembro pelo 4° Prêmio "Educar pela Igualdade", na categoria Escola, promovido pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT). O Prêmio tem foco em ações práticas na educação livre do racismo, preconceito e discriminação, e visa mapear, apoiar e dar visibilidade às boas práticas desenvolvidas.

Gabriela Tebet afirma que o prêmio foi fundamental para que toda a comunidade envolvida na escola percebesse e valorizasse a importância de se discutir e quebrar as barreiras do racismo e do preconceito. Em 2008, as atividades já tiveram início neste Mês da Criança. Envolvendo um tema mais amplo, que abrange as diferenças de nacionalidade, culturas e valores, as professoras fixaram por toda a escola figuras de crianças de vários países, para que os alunos comecem a perceber as primeiras características que distinguem os povos. As ações terão continuidade em novembro, Mês da Consciência Negra.



Gisele Catarina Bicaletto

Informativo da Coordenadoria de Comunicação Social da Universidade Federal de São Carlos

Balé Folclórico da Bahia: ingressos gratuitos a partir desta quarta-feira (29/10)

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A partir de amanhã, quarta-feira 29/10, estarão disponíveis os ingressos para a apresentação do Balé Folclórico da Bahia, na abertura do Festival de Cultura Afro-brasileira Cara e Cultura Negra, em Brasília.

Os ingressos são gratuitos, porém, deverão ser retirados na bilheteria do Teatro Nacional Claudio Santoro. O espetáculo será na Sala Villa Lobos, cuja capacidade máxima é de 1.307 pessoas.

A apresentação do Balé Folclórico acontecerá no dia 5 de novembro, às 21h. O Balé Folclórico da Bahia (BFB) é a única companhia de dança folclórica profissional do país, com 38 integrantes, entre dançarinos, músicos e cantores. Tem como objetivo preservar e divulgar, no mais puro estado, as principais manifestações folclóricas da Bahia. Seus idealizadores desenvolveram uma linguagem cênica que parte basicamente dos aspectos populares da cultura baiana atingindo a contemporaneidade, sem, contudo perder as raízes.

O Cara e Cultura Negra 2008 terá duração de 15 dias, de 5 a 20 de novembro, com programação no Teatro Nacional Claudio Santoro e na Praça Zumbi dos Palmares, em Brasília.

No dia 5 a programação começa às 18h, no teatro, com o desfile de Moda e Beleza Negra Kanimando, seguido pela cerimônia de abertura com autoridades, o lançamento de mostras fotográficas e painéis educativos e, por fim, a apresentação do Balé Folclórico da Bahia.


Mais informações

(61) 8571-4531

(61) 3321-7100


Bilheteria do teatro Nacional Claudio Santoro

(61) 3325-6239 e 3325-6256, das 12 às 20h.


Confira a programação acessando o link abaixo:

http://www.palmares.gov.br/_temp/sites/000/2/download/ccn2008.pdf

October 25, 2008

Eventos

Por Luiza Helena

1º Evento

5º SEMINÁRIO POPULAÇÃO NEGRA e EDUCAÇÃO

5º Seminário População Negra e Educação: Fundamentos
para a Educação das Relações Étnico-raciais - O
Programa de Educação dos Negros na Sociedade Brasileira
(Penesb) realizará, de 1º a 4 de dezembro o evento, que
vai ocorrer na Faculdade de Educação, Campus do Gragoatá,
São Domingos, Niterói.

Inscrições para apresentação de comunicações e
pôsteres vão até o dia 24 de outubro. Já as inscrições
para os participantes, até 1º de dezembro. Os cursos de
pós-graduação lato sensu e de extensão sobre Relações
Raciais e Educação também abriram suas inscrições até
24 de outubro. Editais e inscrições pelo site
www.uff.br/penesb.

Outras informações pelos telefones (21) 2629-2687 e
2629-2686.

2º Evento

SELEÇÃO PARA MESTRADO NA UFF

Informação aos colegas sobre Edital para Seleção de Mestrado na UFF.


Maiores informações, acesse o link abaixo:
http://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=446a4cdd1f&view=att&th=11d12aac3175044b&attid=0.1&disp=attd&zw

Fabiano Avelino da Silva
(21) 8152 5922

A MITOPOESE DOS TAMBORES

Navio turco com tripulantes com malária é proibido de atracar em PE

Um navio cargueiro de bandeira turca, o Lady Blue, está em quarentena em alto-mar, impedido de atracar em Pernambuco desde segunda-feira porque oito dos seus 24 tripulantes estão com malária.

A embarcação, que há duas semanas partiu da Libéria, país a oeste da África, está ancorado a dois quilômetros do porto de Suape (60 km de Recife), em uma área isolada no mar.

Nenhum outro navio pode se aproximar do cargueiro sem autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da Marinha. A distância é considerada segura contra a disseminação da doença.

Um dos tripulantes, o maquinista turco Apler Mustafa Kemal, 49, foi retirado do navio e internado em estado grave em um hospital de Recife, onde permanecia ontem sem previsão de alta médica.

Uma mulher que também estava doente saiu do navio e foi submetida, por prevenção, a testes de gravidez, porque os medicamentos contra malária dados aos navegantes são abortivos.

O cargueiro foi inspecionado nesta sexta-feira por técnicos da Vigilância Sanitária, que não encontraram focos do mosquito transmissor da malária. Mesmo assim, a embarcação sofreu uma desinsetização.

Para a coordenadora da Anvisa no Estado, Milca Costa Adegas, a tripulação contraiu a doença antes de viajar ao Brasil. "Eles já embarcaram doentes, com certeza."

Segundo ela, os primeiros sintomas aparecem uma ou duas semanas após o contágio, período que coincide com o tempo da viagem.

Adegas não vê risco de contágio no Estado. Segundo ela, o mosquito transmissor vive em áreas de matas. O último caso de transmissão de malária dentro de Pernambuco ocorreu em 1999, em Cabrobó (600 km a oeste de Recife).

De acordo com a coordenadora, os tripulantes serão submetidos a um novo exame na próxima quarta. Caso os testes comprovem a cura, o navio será liberado para atracar. No porto de Suape, a embarcação será carregada com 14 mil toneladas de açúcar.



Fonte: FÁBIO GUIBU, Agência Folha em Recife

Obama ganha voto de ex-jogador de futebol brasileiro em Houston

Morador de Houston há 22 anos, o ex-jogador de futebol brasileiro Sérgio Lima vai votar pela primeira vez numa eleição norte-americana. “Vou votar em mim”, disse, em entrevista ao G1 em um restaurante de comida brasileira na maior cidade do Texas. “Vou votar em Obama, que é um representante da minha raça e é mais bem preparado, tem um projeto melhor para este país”, completou.

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Sérgio Lima (esq.) e Valfredo Santos, em Houston (Foto: Daniel Buarque/G1)

Carioca, Lima foi meia do Internacional-RS, do Guarani-SP, e do América do Rio. Desde que pendurou as chuteiras, se mudou para os Estados Unidos e criou um programa de futebol para a cidade de Houston, ensinando o esporte para crianças de comunidades menos favorecidas. “Hoje temos 12.500 crianças em nosso projeto”, disse.

Conversador, divertido, o ex-jogador contou que veio para passar duas semanas, e acabou ficando mais de duas décadas. Ele foi indicado pelo consulado brasileiro na cidade como uma liderança da comunidade, o que é chamado pelos diplomatas de “conselho de cidadãos” brasileiros no Texas.

Segundo ele, seus conterrâneos que vivem em Houston estão acompanhando com interesse a decisão poplítica que o país vive, mas têm uma visão política diferente da sua. “Acho que 80% dos brasileiros que vivem aqui preferem que John McCain ganhe”, disse. “Não é nem que prefiram o projeto dele, mas muita gente aqui tem preconceito, então vai acabar preferindo o republicano.”


Sonho americano


O discurso de Lima é aprovado por outro brasileiro que vive há mais de duas décadas em Houston. Para o engenheiro Valfredo Santos Obama precisa vencer para provar que os Estados Unidos são o país das oportunidades. “Ele foge de falar sobre raça, mas ele representa o bem, representa a vitória da minoria, da pessoa que luta contra as dificuldades e consegue alcançar seus objetivos – e vai provar que este país permite isso como nenhum outro”, disse.

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Em Jacarta, na Indonésia, o candidato democrata a presidente dos EUA, Barack Obama, virou um mosaico formado por selos. A obra foi exposta durante a Exibição Internacional de Selos da Ásia (Foto: Reuters)

Santos admite que apoiou Hillary Clinton nas prévias do Partido Democrata, mas que ainda assim prefere Obama a McCain. “O diferencial de Obama é sua capacidade de discursar. Sua oratória lembra grandes nomes da política deste país, como Martin Luther King e Kennedy.”

Para ele, essa capacidade que o país tem de gerar oportunidades para qualquer pessoa interessada em crescer profissionalmente e ganhar a vida faz com que a campanha republicana tenha reprovado tão veementemente a proposta e Obama de “espalhar a riqueza”, criando um Estado de “Bem Estar Social.

“Aqui é diferente do Brasil. Aqui não existe razão para o governo ajudar as pessoas pobres, porque existem oportunidades de trabalho com salário digno para todos. Muitas vezes quem recebe ajuda do governo se acomoda e passa a se aproveitar para não ter que trabalhar”, disse.


Perfil médio


Amigos, Lima e Santos se encontram com freqüência em Houston. Eles ainda não votaram, mas pretendem fazê-lo na próxima semana, antes do dia da eleição.

Os dois são o que o consulado na cidade considera o exemplo do perfil dos brasileiros que vivem na maior cidade do Texas. Segundo um levantamento recente, a maior parte dos imigrantes nesta parte dos Estados Unidos foge do perfil de imigrantes ilegais em busca de sub-empregos e são profissionais bem-sucedidos das classes A e B, que vêm a convite de empresas.

Cerca de 50 mil brasileiros vivem na região coberta pelo consulado em Houston. Por mais que seja um grande número e que a área coberta pelo consulado inclua 7 estados (Texas, Louisiana, Novo México, Oklahoma, Kansas, Colorado e Arkansas) e seja a maior jurisdição no país.

Este perfil diminui a quantidade de imigrantes ilegais, e acaba diminuindo a quantidade de problemas que o consulado tem que resolver. O único trabalho “desagradável” é que o consulado acompanha todos os processos de repatriação de brasileiros que entram ilegalmente no país. A imigração de todos os EUA manda para o setor de imigração do Texas todos os brasileiros que vão ser deportados. Gente de todo o país é levado para lá, e são acompanhados até voltarem para o Brasil.


Fonte: Portal G1

Eventos: Trilha da diáspora é o tema central da Fliporto

Fundação Cultural Palmares participa da Festa Literária de Porto de Galinhas
e lança no evento o Observatório Afro-Latino


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A Fundação Cultural Palmares participa da Festa Literária de Porto de Galinhas, que será realizada de 6 a 9 de novembro, e lança na ocasião o Observatório Afro-Latino, portal voltado especificamente para a afro-latinidade. Trata-se de uma troca simbólica, mas que vai abraçar a ambigüidade e a complexidade de estudos e de pensamentos da cultura negra nos países da América Latina. O presidente Zulu Araújo fará palestra sobre o tema Intercâmbios afro-latinos.

A Fundação Palmares terá um estande no Centro de Convenções do Hotel Armação, onde será lançada a revista Palmares, edição comemorativa dos 20 anos da instituição. Será lançado, também, com o apoio da Palmares, o livro Solano Trindade, O poeta do povo.

O tema deste ano, "Trilha da Diáspora: Literatura em África e América Latina", traz ao Brasil autores mundialmente respeitados, como a queniana Wangari Maathai (prêmio Nobel de Literatura, 2004); o nigeriano Wole Soyinka (prêmio Nobel de Literatura, 1986); os angolanos José Eduardo Agualusa, Pepetela (prêmio Camões pelo conjunto de sua obra) e Ana Paula Tavares; os moçambicanos Marcelino dos Santos, Paulina Chiziane, o norte-americano Quincy Troupe; e os brasileiros Affonso Romano de Sant'Anna, Alberto da Costa e Silva, Ariano Suassuna e Thiago de Mello.


Fonte: Inês Ulhôa - ACS/FCP/MinC

Abraços e Beijos

Karla Honorato e Cecília Silva de S. Paulo
Manoel
Gregório Teixeira
Fernanda F. Cardoso, Salvador BA
Ana Cláudia, Nova Iguaçu, RJ
Felipe
Roberto A. Corrêa (aniversariante do dia 25/10. Parabéns!Felicidades!)
Simone Firmino, Rio de Janeiro, RJ
O casal Roberto e Juliana Santos, de Angra dos Reis, RJ

Abraços e beijos prometidos... Abraços e beijos dados viu!!

October 23, 2008

Projeto voltado para estudantes negros é um dos vencedores do Prêmio Jovem Cientista

Depois de participar de um cursinho pré-vestibular no Instituto Cultural Steve Biko - que em 1999 recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça - Sheila Regina Pereira entrou na Universidade Federal da Bahia para o curso de estatística.

Sheila diz que na universidade percebeu que os jovens negros como ela estavam presentes em cursos de menor prestígio e status social. A partir daí, ela resolveu voltar ao instituto que a ajudou a ingressar no ensino superior para dar sua contribuição e ajudar a mudar essa realidade.

"No instituto eu aprendi que o seu crescimento pessoal só vem quando você ajuda os outros a crescerem também", explica.

Foi então que ela passou a fazer parte do projeto Oguntec, que acompanha 35 estudantes de escolas públicas a partir do momento em que eles entram no ensino médio até o vestibular.

A pesquisa apresentada por Sheila sobre o Oguntec foi a vencedora da categoria Graduado do 23º Prêmio Jovem Cientista, divulgado hoje (23) pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CNPq).

Como coordenadora pedagógica do projeto, Sheila conta que, além das disciplinas escolares cobradas no vestibular, os adolescentes de 16 a 21 anos têm aulas sobre consciência negra e educação científica a fim de despertar o interesse pela ciência e pelos cursos ligados à tecnologia, ciências da saúde.

"No ano passado, terminamos o ano com 25 estudantes, porque muitos foram obrigados a deixar o projeto ao longo do tempo. Mas todos os que permaneceram passaram em vestibulares em universidades particulares. O nosso objetivo agora é fazer com que eles entrem nas universidades públicas. Três deles conseguiram", conta.

Segundo ela, a maior dificuldade é suprir o déficit que os alunos trazem do ensino fundamental


Fonte: Agência Brasil

Evento resgata cultura do povo africano em Maceió

Notícia enviada pelo leitor do blog Marcos Bettino, de Salvador BA, especialmente para os moradores de Maceió AL e região.

De 03 a 07 de novembro uma programação variada agita a comunidade acadêmica do Centro de Estudos Superiores de Maceió (Cesmac).

A Semana de História promove uma série de atividades com o tema: Tempo de África em Alagoas. O evento acontece na sede da Faculdade de Educação e Comunicação (FECOM), localizada no antigo Colégio Guido.

Na programação serão debatidos assuntos como Escravidão em Maceió, Conquistas do continente africano e Políticas afro-educacionais. Também haverá exibição de documentários e apresentações culturais, a exemplo do show de Voz e Violão, com a artista moçambicana Sônia André e o alagoano Marcos Alves.

O objetivo central do evento é transmitir e conscientizar os estudantes da importância da diversidade étnica e racial, bem como a valorização da cultura negra. Segundo a coordenadora das Licenciaturas, professora Cláudia Almeida, eventos deste porte são uma realidade nos cursos de licenciatura. "A realização de semanas e seminários interdisciplinares é uma prática importante e que vem sendo realizada sistematicamente nas nossas graduações", afirmou.


Programação

Dia 03/11/2008
19h Apresentação Grupo Africano
19h30 Abertura - Prof. Dr. Douglas Apratto Tenório - Vice-Diretor - CESMAC
19h45 Palestra: Escravidão em Maceió: Distribuição Espacial da População no Século XIX.
Palestrante: Prof. Dr. Luis Sávio de Almeida - UFAL
21h30- Debate
Local: Auditório da FECOM

Dia 04/11/2008
19h: Mesa-redonda
Formulação e execução de políticas afro-educacionais inclusivas: Lei Federal nº 10.639/03 e Lei Estadual nº 6.814/07
Debatedores: Arísia Barros - Gerente de Educação Étnico-Racial e Clébio Araújo-Professor-mestre/Professor de História da África e Coordenador do curso de História - UNEAL
Moderadora: Profa. Esp. Severina Lins de Abreu - FECOM
20h - Debate
Local: Auditório da FECOM

Dia 05/11//2008
19h: Mesa redonda
O Dia de África: conquistas do continente africano
Debatedores: Sônia André - (Moçambicana) e Crisandra Fonseca - (Caboverdiana)
Moderador: Prof. Esp. Aldecir José Ribeiro Lima - FECOM
20h Debate
Local: Auditório da FECOM

Dia 06/11/2008
19h: África no Cinema: Documentário
Local: Auditório da FECOM
20h- Debate
Local: Auditório da FECOM

Dia 07/11/2008
19h: Mesa-redonda
Afro-descedência: religião, arte e cultura
Debatedores: Profa. Gineide Castro - Professora de História/SEE
Prof. Marcus Swell Brandão Menezes - SEE/SEMED
Moderador: Prof. Ms. Cláudio Jorge Gomes de Moraes

20h- Debate
20h30: Show: Voz e Violão
Sônia André (artista moçambicana)
Marcos Alves (artista alagoano)
Local: Pátio FECOM

October 21, 2008

Petrobras participa de descoberta de petróleo em Angola

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Por Meire Gomes

A Petrobras anunciou a descoberta de petróleo no Bloco 15/06, situado em águas profundas no litoral de Angola. A descoberta aconteceu no poço N'Goma-1, localizado a 350 quilômetros de Luanda.

A estatal brasileira tem 5% de participação no bloco, que está concedido à estatal angolana Sonangol, com 15% de participação, e é operado pela italiana Eni Angola, que tem fatia de 35%. Os demais sócios são a SSI Fifteen Limited (20%), a Total (15%), a Falcon Oil Holding Angola AS (5%) e a Statoil Angola Block 15/06 AS (5%).

O poço N'Goma-1 foi perfurado em lâmina d'água de 1.421 metros e profundidade total de 3.383 metros. O óleo extraído possui densidade de 22,5º API.

"Após a descoberta de N'Goma-1 serão perfurados outros poços em estruturas vizinhas, com vistas a avaliar o potencial e buscar sinergias para o desenvolvimento da parte ocidental do Bloco 15/06", diz a nota divulgada pela Petrobras.

A estatal brasileira atua em Angola desde 1979 e prevê investimentos de US$ 900 milhões para o período 2008-2012. A Petrobras tem em Angola sua maior campanha de poços exploratórios offshore no exterior, que representa o quarto maior investimento individual da companhia fora do Brasil.

Pesquisadores africanos dizem que erradicação da malária está longe

Apesar de teste de vacinas, resistência do parasita preocupa.
Em certos locais da África, 50% das crianças morrem da doença




Erradicar na África a malária, que mata uma criança a cada 30 segundos, é uma possibilidade que "ainda está muito longe" ou que talvez "nunca se consiga", apesar do aumento da pesquisa. Assim consideraram os diretores dos centros de pesquisa de Kintampo (Gana), Seth Owusu-Agyei, e de Ifakara (Tanzânia), Hassan Mshinda, dois dos quatro organismos africanos dedicados à pesquisa da malária que este ano receberam o Prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional.

O Centro de Pesquisa e Treinamento sobre a Malária (Mali) e o Centro de Pesquisa em Saúde de Manhiça (Moçambique), dirigido pelos médicos espanhóis Pedro Alonso e Clara Menéndez, compartilham o prêmio. "Estamos muito longe de conseguir a erradicação, como mostram as estatísticas, que refletem uma alta de incidência da doença e das crianças que morrem de malária", disse o epidemiologista Owusu-Agyei.

Na opinião dele, mais do que a erradicação, é interessante pensar em chegar a um ponto no qual se possa eliminar o parasita ou o mosquito que transmite a malária. A instabilidade em alguns países africanos também faz "maior o desafio que é preciso enfrentar". Seu colega tanzaniano afirmou que as pessoas falam cada vez mais da erradicação como uma possibilidade, mas ressaltou que "isso só se alcançará onde a malária já está em níveis baixos".

"Não podemos afirmar que a erradicação seja possível na África porque os parasitas que a causam desenvolvem resistência aos medicamentos utilizados", manifestou. Owusu-Agyei explicou que desenvolve seu trabalho em zonas onde só uma de cada duas crianças chega à fase adulta e onde vê como muitas morrem a cada dia. O centro que Owusu-Agyei dirige está testando a vacina contra a malária denominada "RTS,S" que, segundo afirmou, é "muito segura".

Última fase

A partir de janeiro, 11 instituições africanas vão colaborar em uma última fase de pesquisa dessa vacina, que se prolongará durante dois anos, para ver como funciona em zonas de transmissão baixa, moderada e alta a fim de obter informação suficiente para decidir se é possível iniciar a vacinação.

"Se o interesse internacional seguir no nível atual, será suficiente para manter os níveis de pesquisa e tornar a vacina disponível o mais rápido possível", acrescentou.

O diretor do centro de pesquisa de Ifakara disse que, além da vacina, é preciso seguir testando medicamentos mais eficazes, realizar medidas de prevenção, como a fumigação contra os mosquitos, e melhorar os sistemas sanitários desses países, que seguem sendo bastante deficientes.



Fonte: EFE

October 19, 2008

Quilombolas ganham Plano de Desenvolvimento no norte do Piauí

Técnicos do Projeto - ATER no Quilombo, desenvolvido pelo EMATER - Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí, em parceria com a Coordenação das Comunidades Quilombolas do Piauí, estão desde quinta-feira passada (09) construindo um plano de desenvolvimento rural sustentável para comunidades quilombolas da região de Esperantina. O trabalho faz parte de convênio com o MDA - Ministério do Desenvolvimento Agrário e segue até o próximo dia 17.

"A nossa expectativa é de saíamos daqui com um plano bastante qualificado por que nós utilizamos a metodologia do diagnóstico rural participativo, onde a comunidade atua em todo o processo", diz o Eng. Agrôn. Orlando Costa, coordenador do projeto.

De acordo com Orlando, baseado no diagnóstico que foi feito nestas comunidades, numa fase anterior, os quilombolas estão reivindicando, além da titulação das terras, uma assistência técnica mais presente e políticas públicas. "Estas são comunidades bastante excluídas e esta tem sido uma característica das comunidades quilombolas. Eles querem produzir. Mas, querem o acompanhamento técnico. Também querem moradia digna, saneamento básico, energia elétrica, escola, posto de saúde e toda estrutura básica necessária para viverem com dignidade", explica Orlando.

As equipes técnicas foram compostas para atuarem em quatro comunidades do município de Campo Largo, três em Esperantina e quatro em Batalha. "Com as 25 comunidades que nós vamos trabalhar até o final deste ano, sendo 11 na região de Esperantina e 14 em São João do Piauí e São Raimundo Nonato, a EMATER perfaz um total de 106 comunidades, onde tem sido construído um plano de desenvolvimento rural sustentável para estas comunidades e tem implementado, naquilo que diz respeito ao EMATER, demandas que saem nestes planos, articulado com os outros órgãos executores das outras políticas publicas", diz Orlando.

Como é construído o plano participativo

Desde o primeiro momento a comunidade participa, dizendo quais são as potencialidades e os pontos fortes em cada dimensão do desenvolvimento rural sustentável nas dimensões social, econômico, institucional e ambiental. De acordo com a extensionistas Social do EMATER, Risomar Garcia Fernandes, um dos facilitadores que atuaram na comunidade São Francisco, a própria comunidade identifica também as próprias fraquezas.

"A partir do que eles têm de potencialidades e fraquezas é que vamos fazer um plano de desenvolvimento. Ou seja, tentar reverter esta situação, deixando a comunidade perceber como eles estão e como querem estar daqui a cinco anos. Com essa pergunta geradora, a gente vai trabalhar as ações estratégicas e os projetos", explica Risomar.

Na comunidade "Manga", em Batalha, a extensionista social Maria Góis, trabalha com o apoio dos técnicos agrícolas João Marques e Aldo Filho, além de um representante da coordenação quilombola. "Nós estamos usando um documento sistematizado das referências da comunidade, buscando fazer uma visualização através de "tarjetas escritas" para que eles analisem cada dimensão, cada colocação que eles fazem", explica Góis.


A vida no quilombo


Segundo Cláudio Henrique, da coordenação estadual das comunidades quilombolas na região dos Cocais, atualmente existem 126 comunidades quilombolas em todo o Piauí. A constatação dele é de que algumas comunidades tiveram pouco desenvolvimento. Em outras, como a comunidade São Francisco, onde ele atuou como facilitador, já existem algumas melhorias como energia elétrica e água. "Esse trabalho vem traçando essa política pública para melhorar a qualidade de vida do povo negro, que há tantos anos ficou esquecido", afirma Cláudio.

Para ele, as comunidades quilombolas precisam ser reconhecidas por todas as políticas governamentais. Eles querem ainda trabalhar por um projeto cultural de reconhecimento das comunidades como negras e a viabilização de projetos produtivos. "Geração de renda é trabalhar na agricultura familiar com projetos de campos agrícolas, criação de caprinos, ovinos e aves. Na parte cultural é preciso um espaço para que os negros possam apresentar a cultura dos seus antepassados, como o "Tambor de Crioula", "Reisado", "Dança de São Gonçalo", "Samba de Cumbuca", "Caretas", uma infinidade de culturas", explica Cláudio.

Sem planejamento, projeto deu prejuízo

Em 1998, o assentamento "Caçados", que faz parte de uma das comunidades do projeto Ater no quilombo, foi uma dos últimos a serem contemplados com recursos do antigo Procera. (que mais tarde foi substituído pelo Pronaf - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). "Fizemos 25 hectares de área irrigada. Aí o cara botou para nós produzir arroz por aspersão. (Que não tem como produzir!). Fizemos o projeto e preparamos tudo. Quando terminou, nós ainda compramos um arroz requentado. (Quer dizer. foi colocado para esquentar no forno). Nós não sabíamos. Queríamos era plantar", afirma José Carlos (mais conhecido por Carlitos), vice-presidente da associação do assentamento.

Carlitos afirma que os agricultores ficaram endividados e equipamentos como um trator ficaram esquecidos na área central do assentamento. "Nós fizemos o projeto de irrigação, 40 hectares de mandioca e 40 hectares de capim (para criação de gado). O gado foi quem salvou a gente e o governo que deu um rebate de quase 90% de desconto", explica Carlitos.



Fonte: http://45graus.com.br/

Eventos

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Informações: Eva Pereira Rocha e Talita Vecchia
Tel: (11) 3368-1440 ou eva.ssim@gmail.com
Inscrições: ssim.seminar@gmail.com

Barack Obama recebe apoio de Colin Powell

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Barack Obama


O ex-secretário de Estado do presidente George W. Bush, Colin Powell, anunciou neste domingo seu apoio ao candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, durante uma entrevista concedida à rede de TV NBC.

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Colin Powell

Powell, que também foi ex-chefe do Estado-Maior conjunto, manifestou seu descontentamento com a guinada para a direita do Partido Republicano com a escolha do candidato presidencial John McCain e de sua companheira de chapa, Sarah Palin, que considera que não está preparada para ser presidente.

Colin Powell disse no programa "Meet the Press" que Obama reúne as condições para liderar "devido a sua capacidade de inspirar, à natureza inclusiva de sua campanha, que estende a mão para o país todo".

"Seria um presidente transformacional. Por essa razão vou votar no senador Barack Obama", disse Powell, que foi o primeiro cidadão negro a ocupar a patente militar mais alta dos Estados Unidos.

Se Obama vencer as eleições de 4 de novembro, "todos os norte-americanos devem ficar orgulhosos, não só os afro-americanos", acrescentou.

Powell disse que Obama e seu velho amigo McCain estavam preparados para a Presidência. "Mas creio firmemente a esta altura da história americana que precisamos de um presidente (...) que não continue simplesmente com as políticas que tivemos nos últimos anos".

"Precisamos de uma figura transformacional, precisamos de uma mudança de geração. Por isso, apóio o senador Obama", concluiu Powell.

Em declarações à rede Fox News, McCain disse que sempre admirou e respeitou o general Powell.

"Somos velhos amigos. Isso não me surpreende", disse o senador pelo Arizona, destacando o apoio que recebeu de outros ex-secretários de Estado, incluindo Henry Kissinger, James Baker e Lawrence Eagleburger.



Fonte: Portal G1

Martin Luther King, ícone da paz e da igualdade

Há 44 anos, pastor evangélico negro recebia o prêmio Nobel da Paz.


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Há 44 anos, o prêmio Nobel da Paz era entregue a um dos maiores líderes da luta contra o racismo, o norte-americano Martin Luther King Jr. A sua ação pacifista em busca da igualdade de direitos para todos os americanos fez dele a pessoa mais jovem a receber o prêmio, em 14 de outubro de 1964.

Luther King nasceu em 1929, em Atlanta. Formou-se em Sociologia e em Teologia, tornando-se pastor da Igreja Batista em Montgomery, Alabama, no ano de 1954. Em 1955, promoveu um boicote aos ônibus da cidade em protesto contra a segregação racial que havia nos transportes. A campanha durou 381 dias, nos quais Luther King sofreu ameaças de morte, mas conseguiu alcançar o seu objetivo. A Suprema Corte americana tornou ilegal a discriminação racial no transporte público.

Seguidor das idéias de Gandhi, Luther King continuou promovendo marchas e protestos pela igualdade racial de modo pacífico. Foi preso várias vezes, mas não desistiu de seu ideal, marcado pelo discurso famoso, Eu tenho um sonho (acesse o link abaixo para ler o discurso na íntegra).

http://www.palmares.gov.br/_temp/sites/000/2/download/discursodemartinlutherking.pdf

Realizado por ocasião da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, em agosto de 1963, quando King falou a mais de 200 mil pessoas sobre a igualdade desejada entre negros e brancos.

Assassinado em 4 de abril de 1968, em Memphis, Tennessee, Luther King continua vivo na memória dos Estados Unidos e do mundo por sua luta, pelo exemplo de cidadania e de fraternidade entre raças e povos. Em 1986, os Estados Unidos instituíram o Dia de Martin Luther King, feriado nacional, celebrado sempre na terceira segunda-feira do mês de janeiro.



Fonte: Fundação Palmares

Brasília DF: Abertas inscrições para oficinas de percussão e campeonato de rimas do Cara e Cultura Negra 2008

O Festival Cara e Cultura Negra é em novembro, mas as incrições para as oficinas e também para a batalha de rimas já estão abertas!



Duas oficinas vão agitar o evento. A oficina multidisciplinar de arte "ENXADIGMA", um espaço coletivo de exploração sonora utilizando a enxada como instrumento e, a oficina "PNEUMÁTICA, TAMBORES DE PNEUS", onde pneus já gastos e retirados do lixo serão reaproveitados como tambores. Outra novidade é o campeonato de rimas, batalha entre reppers e repentistas, com premiação em dinheiro.

As inscrições, tanto para as oficinas quanto para o campeonato de rimas, estão abertas até o dia 30 de outubro e são gratuitas. Basta mandar e-mail para caraeculturanegra@gmail ou grioproducoes@gmail.com informando nome completo, a opção de oficina (Enxadigma ou Pneumática) ou categoria de rima desejada (rap ou repente), bem como telefones para contato.


As oficinas serão realizadas nos dias 09, 11 e 12 de novembro, no Teatro Nacional Claudio Santoro. O campeonato de rimas, no dia 20 de novembro, na Praça Zumbi dos Palmares, com apresentações musicais de Dj Chokolaty, Beto Brito, Ataque Beliz e Negra Li.

Mais informações: 61- 8571 4531/61-8156 2912

October 14, 2008

Jovens quilombolas do Rio discutem titulação de terras e regularização fundiária

Jovens de comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio reuniram-se neste fim de semana na cidade de Campos, norte fluminense, para discutir cidadania e os problemas dos locais onde vivem. Eles conversam sobre a titulação dos territórios que ocupam e as novas regras de regularização fundiária, publicadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no começo do mês.

Do quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, sul fluminense, Emerson Luís Ramos, de 22 anos, destaca que sem a titulação do território, muitos quilombolas não têm acesso às políticas públicas de saneamento básico, desenvolvimento sustentável e luz elétrica, por exemplo.

"Nesse espaço vamos falar de políticas para juventude dos quilombos e as coisas que nos influenciam como a questão fundiária, principalmente. Sem a terra, não conseguimos nada. Queremos também ver formas de reverter pontos da nova instrução do Incra, que passou por cima de nós e ficou mais lenta e burocrática", disse.

Esse foi o primeiro encontro da juventude quilombola do estado. Reuniu mais de cem pessoas e foi organizado pelo governo estadual em parceria com a Associação de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj), que desde agosto visitou os cerca de 30 quilombos fluminenses, convidando os jovens a participarem do evento.

Segundo a assessora da Superintendência de Igualdade Racial do Rio de Janeiro (Supir), Lelete Couto, um dos objetivos do encontro, realizado no município com o maior número de comunidades remanescentes de quilombos no estado, é chamar atenção dos jovens sobre a situação de suas comunidades e organizar as reivindicações do grupo.

"Queremos levantar o número e as demandas das comunidades do Rio de Janeiro para poder orientar nossas ações. Esse é um contato para isso", disse. "Outro fator relevante é juntar essa turma, porque as atuais lideranças estão no movimento há muito tempo em busca da titulação, processo que, nós sabemos, é muito lento".

Representando o quilombo de Marambaia, que fica na Ilha de Mangaratiba, o adolescente Marcel Silva, 17 anos, disse que o encontro é também uma forma de trocar soluções para os problemas que as comunidades têm em comum. "Do mesmo jeito que aprendemos a lidar com água, fervendo e filtrando, podemos ensinar aos outros".

O encontro terminou neste domingo (12/10). Além de debates sobre juventude, saúde, educação e cultura, os participantes conheceram a comunidade quilombola de Conceição do Imbé, que fica a cerca de 40 quilômetros da cidade de Campos.



Fonte: Agência Brasíl

October 10, 2008

Culinária Africana

Bobotie (Prato Principal de Carne)

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Serve 6 pessoas

Dizem que o Bobotie é o prato favorito do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela especialmente quando retorna de suas viagens do exterior.

Ingredientes:

1 Kg de carne moída (patinho)
1 fatia grossa de pão
1 xícara (chá) de leite
1 cebola grande (picada em fatias bem finas)
12 amêndoas (descascadas e picadas)
2 colheres (sopa) de margarina ou óleo
1 colher (sopa) de curry
1 colher (chá) de curcuma (colorau amarelo)
75g de uvas passas sem sementes
10 damascos desidratados
4 colheres (sopa) de suco de limão
6 folhas de louro
Sal
Pimenta-do-reino
Folhas de louro

Corte o pão em pedaços, coloque-os numa tigela e cubra com 1/2 xícara de leite, deixando de molho por alguns minutos. Depois, amasse o pão levemente com um garfo.
Esquente a margarina ou o óleo em uma frigideira de ferro, em fogo brando e frite as cebolas por 5 minutos. Tire do fogo e misture todos os ingredientes (exceto os ovos e o leite), numa forma refratária, pressionando sobre as folhas de louro).
Bata os ovos, com o leite que ficou reservado, tempere com sal e pimenta, e jogue sobre a mistura de carne.
Aqueça o forno à 170°C e asse por aproximadamente 45 minutos, até que os ovos e o leite se incorporem à massa e a carne esteja cozida. Para decorar, coloque algumas folhas de louro sobre a carne.

Sirva ainda quente, com arroz amarelo ou branco, côco ralado (desidratado) e nozes picadas.

UE abrirá centro de emprego na África para conter imigração

Escritório será no Mali, em uma rota tradicional para os que buscam chegar na Europa


A União Européia (UE) deverá abrir seu primeiro centro para imigração fora da Europa, na capital do Mali, Bamako.

Milhares de jovens da África Ocidental tentam entrar na Europa ilegalmente todos os anos, e muitos morrem no caminho.

A UE espera que o novo centro ajude as pessoas a encontrarem trabalho legalmente no bloco, e reduzir, assim, a imigração ilegal.

Não está claro quantos empregos serão anunciados, mas acredita-se que ele será como uma gota d'água no oceano em comparação ao número de africanos desesperados para trabalhar na Europa.

A Comissão Européia, órgãos executivos da UE, disse que o novo centro oferecerá orientação sobre migração legal e ajudará candidatos a empregos no exterior a conseguir treinamento e buscar vagas.

O centro também vai conscientizar os que pensam em emigrar à Europa sobre os perigos da migração ilegal.


Subsídios ao algodão


Há uma boa razão para que Mali tenha sido o país escolhido. Ele está no centro de rotas migratórias estabelecidas.

Milhares de jovens da África Ocidental partem do norte de Mali todos os anos e cruzam o deserto do Saara rumo à Europa.

Eles costumam estar mal preparados para a jornada e muitos morrem no caminho.

Viajar por mar da costa oeste da África para as ilhas Canárias também é uma rota popular e que também acarreta grandes riscos.

Rapazes de países como Gana e Nigéria costumam passar pelo Mali em seu caminho para o Senegal e a Mauritânia, onde são colocados em barcos de pesca superlotados.

Só na semana passada, a guarda costeira espanhola resgatou um grupo de 230 jovens africanos - o maior em um único barco de imigrantes ilegais a atingir território espanhol.

Um recente aumento acentuado no custo de alimentos e combustíveis tornou a vida ainda mais difícil para as populações da região.

Em muitos países da África Ocidental até jovens recém saídos de universidades lutam para encontrar emprego e acreditam que um trabalho na Europa que não exija qualificações seja a melhor forma de sustentar a sua família.

O Mali é um dos países mais pobres do mundo e o cultivo de algodão é uma fonte de sustento popular.

Mas subsídios pagos aos fazendeiros de algodão dos Estados Unidos tornam quase impossível a competição no mercado internacional.



Fonte: Jornal O Globo

October 08, 2008

Governo publica novas regras para titulação de terras quilombolas

Desde o dia 01/10, foi publicado no Diário Oficial da União, a nova regulamentação que trata dos procedimentos para identificação, reconhecimento, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes de quilombo.

A Instrução Normativa nº 49, que revogou a Instrução de nº 20, torna o processo um pouco mais rígido do que anteriormente. No entanto, o critério de autodefinição continua valendo, sendo considerados remanescentes das comunidades de quilombos os grupos étnico-raciais, com trajetória própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a opressão histórica sofrida.

O início do processo também não mudou. Continua sendo a Fundação Cultural Palmares a responsável pela certificação da autodefinição das comunidades quilombolas, mediante Certidão de Registro no Cadastro Geral de Remanescentes de Comunidades de Quilombos. Após esse registro feito pela Fundação, os interessados poderão ingressar com processo no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para solicitar o estudo antropológico a fim de identificar e titular a área reivindicada.

O estudo e a definição da terra serão agora precedidos de reuniões entre a comunidade e o Grupo Técnico Interdisciplinar, nomeado pelo Incra, para apresentação dos procedimentos a serem adotados.

Outra mudança trazida pela nova legislação refere-se à consulta e ao parecer de diversos órgãos públicos que deverão ser consultados antes da titulação, como o Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), inclusive setores militares quando a área reivindicada for considerada de interesse de alguma das Forças Armadas.

Alguns representantes do movimento negro, que foram consultados durante o processo da nova redação, fizeram algumas críticas à norma, afirmando que o processo de titulação das terras quilombolas será mais burocrático e, conseqüentemente, demorado.



Fonte: Fundação Palmares

III Festival Mundial das Artes Negras

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, recebeu há alguns dias, uma delegação do Senegal para falar sobre a terceira edição do Festival Mundial de Artes Negras (Fesman), que será realizado em dezembro de 2009, em Dacar, Senegal. O evento terá como tema "O renascimento africano", com enfoque na união das políticas nacionais e na integração com as culturas dos países da Diáspora - nações envolvidas com tráfico de escravos negros, como Estados Unidos da América, Brasil, países do Caribe e Europa, e nos quais a África teve grande influência em suas expressões culturais. A contribuição da cultura negra na formação desses países será destacada no festival, nas apresentações artísticas e nas performances.

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Participaram Mame Birame Diouf, ministro da Cultura do Senegal; Alioune Badara Beye, coordenador do Comitê Internacional de Orientação do Fesman; Silcarneyni Gueye, conselheiro do coordenador do Fesman; Jean-Pierre Pierre Bloch, parceiro técnico do Fesman; e Fodé Seck, embaixador do Senegal no Brasil.
Idealizado pelo ex-presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, na década de 1960, o Fesman é a maior reunião das artes e da cultura do mundo negro. Nessa próxima edição, o Festival vai homenagear o Brasil como "convidado de honra". A honraria coloca o Brasil numa posição de destaque, que consolida a sua representação no quadro político, econômico e social no mundo.

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A homenagem se deve principalmente ao fato de o Brasil abrigar a segunda maior população negra mundial depois da África, o que lhe concede uma peculiaridade singular em vista de outros países. Além disso, foi considerada a herança do negro na formação da sociedade brasileira, a bagagem cultural que os africanos despejaram involuntariamente no Brasil há mais de 500 anos. Portanto, mais de meio século de influência, formação e definição da cultura brasileira.

Foi isso que ficou demonstrado pelo ministro da Cultura senegalês, Mame Birame Diouf. Segundo ele, o Brasil poderá contribuir consideravelmente com manifestações culturais variadas em todos os campos da arte: literatura, dança, teatro, cinema, música, artes plásticas e, principalmente, a capoeira - uma arte-brincadeira-jogo-dança-esporte de origem negra que conquistou o mundo. O festival será articulado em dois momentos - um de reflexão intelectual sobre as temáticas e o outro voltado para as manifestações artísticas.

O ministro Diouf ressaltou a importância do Fesman para direcionar um novo olhar sobre as questões do homem negro. Ele contou sobre a escolha do Brasil como convidado de honra: "Mais do que um privilégio, é um direito, pela sua enorme população negra, pela similaridade cultural com a África". Além do Brasil, estavam na lista para convidados de honra os Estados Unidos e a França.

O coordenador do Comitê Internacional de Orientação do Fesman, Alioune Badara Beye, fez uma apresentação da história do festival e de como tudo começou. O primeiro Fesman foi realizado em Dacar, no Senegal, em abril de 1966, promovido conjuntamente pela República do Senegal e a UNESCO, sob o tema "Significação da arte negra pelo povo e para o povo". O segundo, realizado na Nigéria, em 1977, teve o tema "Civilização negra e educação". Para a próxima edição, o coordenador informa algumas inovações, como as ações descentralizadas - o Festival será realizado nas diversas regiões do país. Além disso, o evento extrapolará as fronteiras do país - cidades de Mali e de Guiné também abrigarão o festival.

A outra grande inovação é o alcance que o eventoterá. Televisões difundirão todos os acontecimentos mundo afora. De acordo com Jean-Pierre Bloch, quatro redes de satélite vão varrer o mundo inteiro mostrando toda a programação, que será transmitida em cinco línguas: inglês, francês, espanhol, português e árabe.

Segundo a delegação, a participação do Brasil também será marcada pela presença do carnaval, que abrirá e encerrará as festividades. E mais: um jogo de futebol entre a seleção brasileira e uma seleção africana.

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Zulu Araújo, demonstrou sua satisfação em estar diante de enorme desafio. Para ele, é grande a importância política e cultural do Fesman, e ressaltou o interesse do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em cumprir com os compromissos que a honraria compete ao Brasil na realização do festival, tendo em vista o continente africano estar entre as prioridades do atual governo em sua política externa. "Essa atitude é que nos permite dizer com segurança que o Ministério da Cultura e a Fundação Cultural Palmares estão comprometidos com a realização do Festival. Vamos honrar esse fato histórico, estreitando nossos laços com a África", sublinhou Zulu Araújo.

O presidente da FCP anunciou algumas medidas já encaminhadas, como a publicação de três decretos, que criarão os comitês que organizarão a participação brasileira no Festival, e a realização de uma oficina de trabalho, em parceria com o governo da Bahia, ainda neste ano.

October 04, 2008

Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul: de 6/10 a 6/11, em 12 capitais

No período de 6 de outubro a 6 de novembro de 2008, a 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul leva a 12 capitais brasileiras o olhar singular de cineastas sul-americanos sobre temas, valores e dilemas que dizem respeito à dignidade da pessoa humana. As cidades onde há programação são Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alefre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Teresina. O evento é organizado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos.
A programação e detalhes sobre os filmes estão acessíveis em http://www.cinedireitoshumanos.org.br/

"Essa terceira edição celebra os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que é em si um roteiro, um roteiro para a paz na humanidade. Um roteiro no qual somos todos atores e realizadores.

Neste aniversário somos também convidados a celebrar e, sobretudo, refletir sobre o modo como cada um de nós - indivíduos, Estado, sociedade - podemos contribuir para a realização desse roteiro, que significa, também, a construção de um mundo mais justo, mais igual, mais solidário. Em 10 de dezembro de 1948, quando aprovada pelos países da Assembléia Geral das Nações Unidas, a Declaração Universal representou um compromisso com o presente e uma promessa para o futuro num mundo onde a crueldade da segunda guerra mundial, do totalitarismo e do genocídio colocavam diante de todos o desafio de reinventar a convivência entre os seres humanos.

Com a Mostra, renovamos de um modo especial, por meio da linguagem artística e mágica do cinema, o compromisso celebrado há seis décadas. Ao longo desse tempo, e dos tempos, a cultura - o cinema, a literatura, o teatro, a música, a arte - tem se revelado instrumento essencial para o debate, o resgate e a promoção dos Direitos Humanos. O desafio é gigante e cotidiano.

Há problemas que persistem e há avanços inegáveis. O Brasil realizou em junho a 1ª Conferência Nacional GLBT, convocada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, mostrando que o país avança em políticas públicas para abolir a discriminação e o preconceito. Da mesma forma, atua para erradicar o trabalho escravo e infantil, além de combater a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Cresce a consciência social sobre a importância da inclusão de pessoas com deficiência, bem como a defesa da igualdade racial e da eqüidade de gênero. Outra área importante para a afirmação dos Direitos Humanos em nosso país é o Direito à Memória e à Verdade, projeto que por meio de publicações, exposições e memoriais promove um reencontro com a história recente do Brasil ao resgatar a trajetória de pessoas que militaram em defesa da democracia e sucumbiram à repressão do regime militar nos anos 60 e 70. A tortura empregada sistematicamente contra desertores políticos naquele período sombrio certamente tem seus vínculos com a que segue denunciada hoje com assustadora freqüência.

Em sua terceira edição, a Mostra Cinema e Direitos Humanos oferece uma narrativa tecida com produções audiovisuais contemporâneas de realizadores da América do Sul. O mosaico de olhares sul-americanos é, entretanto, apenas uma das faces do evento. Outra face é formada por olhares que vêm do público - as idéias, as interpretações e os sentimentos que cada pessoa devolve a si mesma e à sociedade quando assiste aos curtas e longas-metragens, aos documentários e ficções que compõem cada nova edição do evento. No conjunto indissociável formado, de um lado, pelos olhares dos cineastas, e, de outro, pelos olhares do público, a Mostra propõe-se a cumprir a vocação que inspirou sua criação: promover a construção de uma cultura de paz e solidariedade no nosso país, no continente, no planeta.

Em 2006, o evento começou com exibições em quatro capitais, passou para oito no ano passado e, neste ano, já são doze capitais. Ao lado de Belém, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, neste ano participam Curitiba, Goiânia, Salvador e Teresina.

A curadoria da Mostra - que esteve a cargo de Amir Labaki em 2006 e de Giba Assis Brasil em 2007 - tem o cineasta e produtor cultural Francisco Cesar Filho, o Chiquinho, à frente desta edição. E traz inovações. Além da seção contemporânea com filmes sul-americanos, realizados ao longo dos últimos anos, a programação da Mostra 2008 inclui uma retrospectiva histórica, que lança luz sobre a produção cinematográfica evocando temas dos direitos humanos nos 60 anos durante os quais a Declaração Universal firmou-se como o instrumento fundamental na proteção internacional dos direitos elementares. Outra novidade foi a seleção dos filmes contemporâneos por meio de uma convocatória pública, além de convites da curadoria, que ampliou bastante a participação dos realizadores.

No espírito e propósito de levar a experiência dos direitos humanos ao maior número de pessoas, todas as sessões da Mostra são gratuitas. A programação conta ainda com sessões legendadas em português para pessoas com deficiência auditiva. A Mostra é uma realização da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira e do SESC São Paulo, patrocínio da Petrobras, e apoio do Ministério das Relações Exteriores e da TV Brasil.

Bem-vindos à 3ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. Que continue a crescer como espaço de reflexão, inspiração e promoção do respeito à dignidade intrínseca da pessoa humana.

Paulo Vannuchi
Ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República