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October 21, 2008

Pesquisadores africanos dizem que erradicação da malária está longe

Apesar de teste de vacinas, resistência do parasita preocupa.
Em certos locais da África, 50% das crianças morrem da doença




Erradicar na África a malária, que mata uma criança a cada 30 segundos, é uma possibilidade que "ainda está muito longe" ou que talvez "nunca se consiga", apesar do aumento da pesquisa. Assim consideraram os diretores dos centros de pesquisa de Kintampo (Gana), Seth Owusu-Agyei, e de Ifakara (Tanzânia), Hassan Mshinda, dois dos quatro organismos africanos dedicados à pesquisa da malária que este ano receberam o Prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional.

O Centro de Pesquisa e Treinamento sobre a Malária (Mali) e o Centro de Pesquisa em Saúde de Manhiça (Moçambique), dirigido pelos médicos espanhóis Pedro Alonso e Clara Menéndez, compartilham o prêmio. "Estamos muito longe de conseguir a erradicação, como mostram as estatísticas, que refletem uma alta de incidência da doença e das crianças que morrem de malária", disse o epidemiologista Owusu-Agyei.

Na opinião dele, mais do que a erradicação, é interessante pensar em chegar a um ponto no qual se possa eliminar o parasita ou o mosquito que transmite a malária. A instabilidade em alguns países africanos também faz "maior o desafio que é preciso enfrentar". Seu colega tanzaniano afirmou que as pessoas falam cada vez mais da erradicação como uma possibilidade, mas ressaltou que "isso só se alcançará onde a malária já está em níveis baixos".

"Não podemos afirmar que a erradicação seja possível na África porque os parasitas que a causam desenvolvem resistência aos medicamentos utilizados", manifestou. Owusu-Agyei explicou que desenvolve seu trabalho em zonas onde só uma de cada duas crianças chega à fase adulta e onde vê como muitas morrem a cada dia. O centro que Owusu-Agyei dirige está testando a vacina contra a malária denominada "RTS,S" que, segundo afirmou, é "muito segura".

Última fase

A partir de janeiro, 11 instituições africanas vão colaborar em uma última fase de pesquisa dessa vacina, que se prolongará durante dois anos, para ver como funciona em zonas de transmissão baixa, moderada e alta a fim de obter informação suficiente para decidir se é possível iniciar a vacinação.

"Se o interesse internacional seguir no nível atual, será suficiente para manter os níveis de pesquisa e tornar a vacina disponível o mais rápido possível", acrescentou.

O diretor do centro de pesquisa de Ifakara disse que, além da vacina, é preciso seguir testando medicamentos mais eficazes, realizar medidas de prevenção, como a fumigação contra os mosquitos, e melhorar os sistemas sanitários desses países, que seguem sendo bastante deficientes.



Fonte: EFE

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