Jovens quilombolas do Rio discutem titulação de terras e regularização fundiária
Jovens de comunidades remanescentes de quilombos do estado do Rio reuniram-se neste fim de semana na cidade de Campos, norte fluminense, para discutir cidadania e os problemas dos locais onde vivem. Eles conversam sobre a titulação dos territórios que ocupam e as novas regras de regularização fundiária, publicadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no começo do mês.
Do quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, sul fluminense, Emerson Luís Ramos, de 22 anos, destaca que sem a titulação do território, muitos quilombolas não têm acesso às políticas públicas de saneamento básico, desenvolvimento sustentável e luz elétrica, por exemplo.
"Nesse espaço vamos falar de políticas para juventude dos quilombos e as coisas que nos influenciam como a questão fundiária, principalmente. Sem a terra, não conseguimos nada. Queremos também ver formas de reverter pontos da nova instrução do Incra, que passou por cima de nós e ficou mais lenta e burocrática", disse.
Esse foi o primeiro encontro da juventude quilombola do estado. Reuniu mais de cem pessoas e foi organizado pelo governo estadual em parceria com a Associação de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj), que desde agosto visitou os cerca de 30 quilombos fluminenses, convidando os jovens a participarem do evento.
Segundo a assessora da Superintendência de Igualdade Racial do Rio de Janeiro (Supir), Lelete Couto, um dos objetivos do encontro, realizado no município com o maior número de comunidades remanescentes de quilombos no estado, é chamar atenção dos jovens sobre a situação de suas comunidades e organizar as reivindicações do grupo.
"Queremos levantar o número e as demandas das comunidades do Rio de Janeiro para poder orientar nossas ações. Esse é um contato para isso", disse. "Outro fator relevante é juntar essa turma, porque as atuais lideranças estão no movimento há muito tempo em busca da titulação, processo que, nós sabemos, é muito lento".
Representando o quilombo de Marambaia, que fica na Ilha de Mangaratiba, o adolescente Marcel Silva, 17 anos, disse que o encontro é também uma forma de trocar soluções para os problemas que as comunidades têm em comum. "Do mesmo jeito que aprendemos a lidar com água, fervendo e filtrando, podemos ensinar aos outros".
O encontro terminou neste domingo (12/10). Além de debates sobre juventude, saúde, educação e cultura, os participantes conheceram a comunidade quilombola de Conceição do Imbé, que fica a cerca de 40 quilômetros da cidade de Campos.
Fonte: Agência Brasíl
Do quilombo Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, sul fluminense, Emerson Luís Ramos, de 22 anos, destaca que sem a titulação do território, muitos quilombolas não têm acesso às políticas públicas de saneamento básico, desenvolvimento sustentável e luz elétrica, por exemplo.
"Nesse espaço vamos falar de políticas para juventude dos quilombos e as coisas que nos influenciam como a questão fundiária, principalmente. Sem a terra, não conseguimos nada. Queremos também ver formas de reverter pontos da nova instrução do Incra, que passou por cima de nós e ficou mais lenta e burocrática", disse.
Esse foi o primeiro encontro da juventude quilombola do estado. Reuniu mais de cem pessoas e foi organizado pelo governo estadual em parceria com a Associação de Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj), que desde agosto visitou os cerca de 30 quilombos fluminenses, convidando os jovens a participarem do evento.
Segundo a assessora da Superintendência de Igualdade Racial do Rio de Janeiro (Supir), Lelete Couto, um dos objetivos do encontro, realizado no município com o maior número de comunidades remanescentes de quilombos no estado, é chamar atenção dos jovens sobre a situação de suas comunidades e organizar as reivindicações do grupo.
"Queremos levantar o número e as demandas das comunidades do Rio de Janeiro para poder orientar nossas ações. Esse é um contato para isso", disse. "Outro fator relevante é juntar essa turma, porque as atuais lideranças estão no movimento há muito tempo em busca da titulação, processo que, nós sabemos, é muito lento".
Representando o quilombo de Marambaia, que fica na Ilha de Mangaratiba, o adolescente Marcel Silva, 17 anos, disse que o encontro é também uma forma de trocar soluções para os problemas que as comunidades têm em comum. "Do mesmo jeito que aprendemos a lidar com água, fervendo e filtrando, podemos ensinar aos outros".
O encontro terminou neste domingo (12/10). Além de debates sobre juventude, saúde, educação e cultura, os participantes conheceram a comunidade quilombola de Conceição do Imbé, que fica a cerca de 40 quilômetros da cidade de Campos.
Fonte: Agência Brasíl
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