Lei inclui ensino sobre a cultura indígena no currículo escolar
Uma lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira (10), vai incluir no currículo das escolas públicas e particulares de nível fundamental e médio o ensino de história e cultura indígena brasileira.
Para a diretora executiva do Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual, Lucia Fernanda Jófej, a lei pode ajudar a corrigir os erros históricos de omissão ou equívoco das escolas sobre a cultura indígena.
"Existindo uma obrigação, vai haver uma demanda. Existindo uma demanda, então vão haver mais produtos, mais serviços, informações mais claras nesse sentido", diz Lucia que critica a forma como a história do Brasil é ensinada. "A maior parte das escolas conta a história de um ponto de vista eurocêntrico", defende.
"Dizer que o Brasil foi descoberto é, no mínimo, um eufemismo. Dizem que a estimativa era de 1 a 5 milhões de índios no país. Hoje temos 700 mil. Onde essas pessoas foram parar? O que houve foi um massacre sem precedentes", afirma.
Em 2003, uma lei incluiu nos currículos escolares a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira. Entretanto, ativistas afirmam que ainda há problemas para implementação.
"A lei é fundamental, mas não fala de capacitação e a eficácia dela depende do processo de qualificação das pessoas que vão estar em sala de aula falando sobre África e cultura afro-brasileira", explica Nelson Inocêncio, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo Inocêncio, o problema não está na falta de ensino da cultura afro, e sim na má qualidade do ensino. "De alguma forma se leciona sobre isso sim, mas a maioria das abordagens sobre a presença negra no Brasil, incide em erros graves", explica.
Ele acredita que, depois da criação da lei, houve um pequeno aumento no número de publicações e oficinas sobre o assunto. Entretanto, segundo Inocêncio, as universidades ainda se eximem da responsabilidade de formar professores nesse tema.
Fonte: Agência Brasil
Para a diretora executiva do Instituto Indígena Brasileiro de Propriedade Intelectual, Lucia Fernanda Jófej, a lei pode ajudar a corrigir os erros históricos de omissão ou equívoco das escolas sobre a cultura indígena.
"Existindo uma obrigação, vai haver uma demanda. Existindo uma demanda, então vão haver mais produtos, mais serviços, informações mais claras nesse sentido", diz Lucia que critica a forma como a história do Brasil é ensinada. "A maior parte das escolas conta a história de um ponto de vista eurocêntrico", defende.
"Dizer que o Brasil foi descoberto é, no mínimo, um eufemismo. Dizem que a estimativa era de 1 a 5 milhões de índios no país. Hoje temos 700 mil. Onde essas pessoas foram parar? O que houve foi um massacre sem precedentes", afirma.
Em 2003, uma lei incluiu nos currículos escolares a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira. Entretanto, ativistas afirmam que ainda há problemas para implementação.
"A lei é fundamental, mas não fala de capacitação e a eficácia dela depende do processo de qualificação das pessoas que vão estar em sala de aula falando sobre África e cultura afro-brasileira", explica Nelson Inocêncio, coordenador do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade de Brasília (UnB).
Segundo Inocêncio, o problema não está na falta de ensino da cultura afro, e sim na má qualidade do ensino. "De alguma forma se leciona sobre isso sim, mas a maioria das abordagens sobre a presença negra no Brasil, incide em erros graves", explica.
Ele acredita que, depois da criação da lei, houve um pequeno aumento no número de publicações e oficinas sobre o assunto. Entretanto, segundo Inocêncio, as universidades ainda se eximem da responsabilidade de formar professores nesse tema.
Fonte: Agência Brasil
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