Furacão Gustav toca solo no Haiti com ventos de 150 quilômetros por hora
Haitianos protegem-se da chuva causada por Gustav nas ruas da capital Porto Príncipe, nesta terça-feira
O furacão Gustav tocou o solo na costa sudoeste do Haiti na tarde desta terça-feira (26) com fortes ventos de 150 quilômetros por hora, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA.
O furacão perdeu intensidade ao chegar à superfície, mas os meteorologistas prevêem que ele deve ganhar intensidade ao se movimentar outra vez sobre as águas quentes do Caribe.
Na República Dominicana, um total de 4.250 pessoas foram retiradas de suas casas preventivamente nas últimas horas por causa da passagem do furacão pelo país. Dezenove províncias estão em alerta vermelho.
O diretor da Defesa Civil, Luis Luna Paulino, disse que até o momento não aconteceram registros de mortos nem de feridos e acrescentou que os mecanismos de prevenção estão em alerta diante de possíveis inundações e deslizamentos de terra.
Paulino disse que "a região sul do país é a mais afetada" e acrescentou que, de acordo com o Escritório Nacional de Meteorologia dominicano (Onamet, em espanhol), o país não será atingido diretamente pelo furacão, mas os efeitos de seus ventos e da chuva serão sentidos.
"O perigo para nós são as inundações, o transbordamento dos rios e os deslizamentos de terra", disse.
Por causa desta situação, as autoridades declararam alerta vermelho no Distrito Nacional e nas províncias de Barahona, Pedernales, Independencia, Elías Piña, Santo Domingo, San Cristóbal, Dajabón, San José de Ocoa, San Pedro de Macorís, Bahoruco, Azua, Peravia, San Juan, Duarte, Monte Plata, Sánchez Ramírez, Monseñor Nouel e La Vega.
As aulas foram suspensas nestes locais e os lugares que correm risco de sofrer inundações são Santo Domingo, Azua, San Pedro de Macorís, San Cristóbal, Pedernales, Barahona e San Juan.
Os habitantes retirados destas regiões foram levados para abrigos ou estão em casas de parentes.
Gustav, o terceiro furacão da temporada atlântica, apresenta ventos máximos sustentados de 150 quilômetros por hora e se movimenta em direção ao noroeste com velocidade de 15 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões americano (NHC, em inglês).
Depois de passar pelo Haiti, o furacão deve chegar na quarta-feira ao extremo sul de Cuba.
Modelos climáticos mostram que em seguida o furacão deve seguir para oeste, na direção da península do Yucatán (México), ou para noroeste, chegando até domingo à parte central do golfo do México, onde poderia afetar a produção de gás e petróleo.
A Jamaica e parte de Cuba estão sob alerta de furacões, o que indica a possibilidade de ventos e chuvas fortes nas próximas 36 horas.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA está também monitorando uma ampla zona de baixa pressão cerca de 890 quilômetros a leste-nordeste das ilhas Sotavento.
Ventos em altitudes elevadas devem se tornar gradualmente mais favoráveis ao surgimento de uma nova tempestade nos próximos dois dias, mas a projeção de seu deslocamento indica uma curva para norte ou noroeste, o que a afastaria da Costa Leste dos EUA.
Há preocupação nos mercados com a produção de energia no golfo do México e também com eventuais prejuízos para plantações de algodão no Texas e de cítricos na Califórnia.
Fonte: Portal G1
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