Material muito interessante sobre cultura e diversidade cultural
Por Leila Kesseler
Editorial
Mais Cultura?
Esta semana, finalmente, depois de muita expectativa, o presidente Lula e o ministro Gilberto Gil anunciaram, em Brasília, o Programa de Aceleração do Crescimento para o segmento cultural, que é parte do PAC Social e recebeu o nome de "Mais Cultura". A interrogação acima deve estar sendo feita por parte da população após perceber que o assunto pocuo repercutiu na imprensa.Mais Cultura? Como se fossem mais falações, mais projetos que não serão implementados, etc. Esse tem sido o tom da imprensa em relação ao PAC. Achamos que em áreas como infra-estrutura, segurança, saúde, saneamento, meio-ambiente são muitos os entraves burocráticos, vícios, politicagem e outros cânceres que realmente podem "desacelerar a aceleração", mas, em no caso da cultura, percebemos que o caminho já foi pavimentado nestes cinco primeiros anos. O presidente Lula poderia ter explorado mais o seu bordão "nunca antes na história deste país", pois, realmente, desde a política da Era Vargas, em que Gustavo Capanema foi ministro da Educação e Saúde, e parte do período militar, com a criação do Conselho Federal de Cultura, do planos de metas etc. não temos uma política cultural.Com Sarney, criou-se o ministério da Cultura, deixando o bolo para a Educação (MEC) e uma cereja bem light para a nova pasta. Este mesmo governo criou a primeira lei de incentivo à Cultura, melhorada com Collor – Lei Rouanet – e, desde então, os governos, principalmente o do homem de Cultura FHC, limitaram a política cultural a uma privatização total, derivada da utilização sem critérios públicos, coletivos e sociais das leis de incentivo. Agora, temos um ministério e programas, ainda que questionáveis. Enfim, temos políticas públicas. Mas a imprensa especializada, do "não vai", "não sabe", "não cobre", "não divulga" segue a linha "menos cultura, mais eventos", "menos projetos, maior visibilidade".Para o Mais Cultura andar, basta que a área econômica não feche o cofre, pois o plano prevê investimentos de quase R$ 5 bilhões até 2010. O resto, como dizem os jovens já é!.Mais pontos de cultura? Há demanda, pessoas aptas e projetos. Mais bibliotecas? É urgente e é para já. Vale-cultura? Já não é sem tempo (aliás, esse projeto já foi anunciado várias vezes, está atrasado e depende das negociações entre Cultura e Fazenda). Mudanças na Lei Rouanet? Também são aguardadas e legitimadas pelos que querem uma cultura de inclusão.Para entendermos melhor o Mais Cultura, estamos organizando um seminário com parceiros do CPC e trataremos do assunto, entre muitos outros. Daremos notícias do evento no próximo boletim. Mas, desde já, não só apoiamos como gritamos, tocamos bumbo, tambor, dançamos a dança da chuva, clamamos: Mais Cultura.
Políticas PúblicasFórum pró-conselhos e políticas culturais
Como informamos sempre aqui, nós do CPC, junto com outras organizações, como Comissão Estadual de Gestores Públicos de Cultura - COMCULTURA, Cooperativa de Músicos Independentes Rio de Janeiro - COMUSI, CUCA da UNE, Sindicato dos Artistas e Técnicos, Sindicato dos Trabalhadores em Energia - SINTERGIA, entre outros, estamos mobilizados em torno da construção dos conselhos de cultura como base para o debate organizado sobre políticas culturais.No município do Rio de Janeiro, isto significa apoio ao projeto do vereador Eliomar Coelho (PSOL/RJ), o qual tramita na Câmara de Vereadores desde 1991 e, após ter sido aprovado, foi vetado pelo prefeito César Maia; o veto, por sua vez, foi derrubado pela Câmara, que, conseqüentemente, promulgou o projeto e agora irá aos tribunais, pois a prefeitura alega que é inconstitucional, o que fez com que a Procuradoria do Executivo entrasse na justiça. A Procuradoria da Câmara, por outro lado, sustenta o projeto.Agora, precisamos de mobilizações de apoio, com petições, abaixo-assinados e outros encaminhamentos sobre os quais informaremos em breve.No circuito mais geral, estamos organizando o seminário Conselhos de Cultura e Políticas Culturais em debate, que acontecerá na Semana da Cultura, em 06 de novembro, das 9 às 13h. Pedimos aos nossos leitores e parceiros que agendem esta data.
Dois observatórios para a Cultura:
Pedimos atenção para dois espaços de reflexão sobre a cultura, um presencial e outro virtual, ambos significativos e importantes. Cada vez mais o campo da Cultura colhe iniciativas de formulação de políticas e reflexão.De Minas Gerais vem o Observatório da Diversidade Cultural, iniciado há cerca de três anos na PUC-MG, e que , atualmente, assume uma independência com relação à Universidade. Na página virtual www.observatoriodadiversidade.org.br, temos acesso à programação, documentos, cursos e demais informações. Vale a pena clicar!No contexto virtual, temos o Observatório da Indústria Cultural. Espiem o endereço http://oicult.blogspot.com/.
No Observatório, há uma equipe de pesquisadores e produtores, "trabalhando coletivamente numa perspectiva contra-hegemônica".
Um programa de apoio às bibliotecas
Temos um recado para os gestores públicos municipais:Todas as prefeituras municipais podem se inscrever no programa Livro Aberto da Biblioteca Nacional/Minc, programa de instalação e modernização de bibliotecas públicas. Para tanto, devem estar adimplentes com a União, dispor do espaço adequado e de pelo menos um funcionário especializado.No Programa, que compreende um kit com uma coleção com cerca de dois mil livros, móveis, equipamentos de som, TV, DVD e vídeo, o Biblivre é a grande novidade. Trata-se de um software para arquivamento e digitalização, desenvolvido pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem a vantagem de já vir com a lista do acervo digitalizada.Mais informações: (21) 2240-7929 ou 2210-1134 e snbp@bn.br
Minha Opinião
A semana da cultura
por Ricardo de Moraes*
Há alguns anos, quando definiram o 5 de novembro, dia do nascimento de Rui Barbosa, como data escolhida para comemorar o Dia da Cultura, eu torci o nariz.Preconceito, prejulgamento... Sei lá o que foi.No primeiro momento, achei que as comemorações ficariam dentro de palácios, museus ou outros espaços aonde o povo tem até medo de entrar.Mais uma vez, ficou provado que quem acha vive se perdendo, como disse Noel Rosa.Profissionais da cultura mobilizados imediatamente adotaram a data como referência e as comemorações, hoje, já fazem parte do calendário desses mesmos profissionais, oficializando a Semana da Cultura.Sei que logo poderá até se tornar feriado, afinal o baixo clero de Brasília vive procurando datas para se eternizarem junto aos anais do Congresso Nacional e a seus eleitores.Hoje, no entanto, quando percebo que a sociedade assiste perplexa a uma confusão de valores, em que o antes certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo, percebo também que tal confusão se dá principalmente pelo desconhecimento e aceitação do homem, tanto de si próprio quanto do outro.Creio que isso aconteça pela exacerbada valorização do individualismo e do consumo desenfreado que gera uma doentia acumulação e poluição. Vejo ainda que isso só será superado a partir do respeito mútuo e da preservação dos nossos valores culturais, o que também nos remete à preservação ambiental.Porém, retornando ao raciocínio inicial, o mais importante nisso tudo é a ótica de trabalhadores e dos trabalhadores. Os profissionais da cultura precisavam se aceitar e, ao mesmo tempo, serem reconhecidos como TRABALHADORES.São artistas, produtores, críticos, poetas, músicos, compositores, etc. que fazem a nossa alegria. Estes, sim, eternizam nossa cultura, com toda sua diversidade.Viva o Dia da Cultura!
*Ricardo de Moraes é publicitário e produtor cultural.
Os textos publicados nesta sessão são de responsabilidade de seus autores, não do Coletivo CPC Aracy de Almeida.ProgramaçãoQuinzenalmente, em nossa agenda, chamamos atenção para programações que, mais que eventos, constituem, por seus conteúdos, movimentos etc., projetos culturais.
Para outubro indicamos:
13 de outubro - Tardes festivas na Academia Brasileira de Literatura de CordelCompletando 19 anos, a ABLC convida para uma programação especial com a presença de repentistas, cordelistas e outros artistas populares. O ingresso, no valor de R$10,00, dá direito ao almoço, um típico Baião-de-dois, e um livro de cordel.
Data: 13 de outubro, a partir das 13 horasLocal: sede da ABLCrua Leopoldo Fróes, 37, Santa Teresa,/RJ - próximo à Delegacia(ônibus 206 – Silvestre)mais informações: 21-2232-4801 e www.ablc.com.br10 a 14 de outubro - Intensa programação antecede a XII Parada do Orgulho GLBT/RJO Rio de Janeiro tem fama de "tambor cultural" do país e gosta de cultivar um título de cidade da diversidade sexual, mas vive uma contraditória realidade: se temos uma parcela da população auto-intitulada "S" (simpatizante, apoiadora, tolerante à causa homossexual) e políticas públicas, municipal e estadual, pioneiras, caminhando para o reconhecimento dos direitos, inclusive da união civil de pessoas do mesmo sexo, vivemos, por outro lado, um quadro de violência crescente contra a comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual. É neste contexto que se dão as atividades preparatórias para e a própria Parada do Orgulho GLBT que este ano, em sua décima segunda edição, tem como tema: Homofobia , criminalização já!Na quarta-feira, 10 de outubro, acontece a festa de abertura da Parada, no Cine Ideal, rua da Carioca, 64 (tel.: 21-2221-1984 e sítio www.cineideal.com.br ), com programação diversa: pocket-show com a cantora Leila Maria, show de drags e de MPB e quase 15 DJ´S!.
No dia 12 de outubro, acontece o 6º Prêmio Arco-íris de Direitos Humanos, às 19h ., no Jardim do Museu da República (rua do Catete, 153). Serão homenageadas pessoas e instituições que se destacaram na promoção da cidadania e direitos da comunidade GLBT e show de Ângela Ro Ro e Divinas Divas. A entrada é franca.
E, finalmente, no dia 14 de outubro, a partir das 13h., na Praia de Copacabana, Posto 6, acontece XII Parada do Orgulho GLBT Rio-2007. Todos lá!!!Mais informações: Grupo Arco-íris de Conscientização HomossexualTel.21- 2215-0844 e 2222-7286 Sítio: www.arco-iris.org.br18 e 25 de outubro e 01 e 08 de novembro - Musical homenageia Gonzaguinha na LapaNossa amiga, cantora e compositora, Adryana BB, apresenta um espetáculo musical em homenagem ao grande Luiz Gonzaga JR: Começaria tudo outra vez é uma comédia na qual as aventuras amorosas de um barman são ilustradas pelas músicas do compositor. O musical será apresentado nos dias 18 e 25 de outubro, 01 e 08 de novembro, sempre ás 20h, no CaféDatas: 18 e 25 de outubro e 01 e 08 d enovembroLocal: Teatro Niño das Artes Luiz Mendonçapraça João Pessoa, 02 – Lapa/RJ(confluência das ruas Mém de Sá e Gomes Freire, ao lado do Banco Real, na Lapa)Entrada: R$12,00 Mais informações: 2508-8217.Em tempo: a casa, de propriedade da atriz Ilva Niño, foi inaugurada há poucos anos por ela e seu filho, o falecido ator e produtor Luiz Carlos Niño, e homenageia o também falecido Luiz Mendonça, diretor teatral, pernambucano como Ilva, seu marido e pai de Luiz Carlos. Mendonça foi um importante impulsionador da carreira teatral de atrizes-cantoras como Elba Ramalho, Tânia Alves e um dos ativos participantes do movimento de cultura popular em Pernambuco, nos anos 1960, durante o governo Arraes.
08 a 29 de outubro - Biografias musicais em pauta na Cândido MendesO curso de Produção e Política Cultural da Universidade Cândido Mendes está promovendo o ciclo de palestras Mestres da Música Brasileira, no qual pesquisadores que escreveram biografias apresentam seus perfilados.08/10 – Mônica Ramalho fala sobre Cartola;22/10 – Edinha Diniz fala sobre Chiquinha Gonzaga;29/10 – nosso amigo e colaborador André Diniz fala sobre Paulinho da Viola.Sempre às segundas, às 21h,Local: Auditório Darcy Ribeiro - Instituto de HumanidadesPraça Pio X, 07/11º andarEntrada franca.
23 e 30 de outubro e 06 e 13 de novembro - Macunaíma em foco
A Casa da Leitura, órgão da Fundação Biblioteca Nacional, promove diversos cursos na área de Literatura. Em outubro e novembro, acontece o curso Leituras de Macunaíma à Luz do Folclore Brasileiro, com o professor Dr. Joel Rufino dos Santos, historiador, Mestre e Doutor em Letras pela UFRJ, romancista e contista.Datas: 23 e 30 de outubro e 06 e 13 de novembro, sempre às terças-feiras, das 15 às 17h.Matrícula: R$30,00Local: rua Pereira da Silva, 86 – Laranjeiras/RJ,Sítio: www.bn.br/prolerMais informações: 21-2557-7437 ou casadaleitura@bn.brSerão emitidos certificados.
Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida
Rua Ministro Moreira de Abreu, 370 – Olaria – CEP: 21071-480Telefone: 21-2508-9469 Boletim ARACA on-line
edição: Flavio Aniceto
Conselho editorial: José Roberto Souza Aguiar, Roberta Martins, Vanusa de Melo, Paulo César Nunes dos Santos, Diva Alves, Bia Alves, Fernando Assumpção, Rafael Paschoal, Marcelo Maciel, Maria Cândida Gonçalves e Lúcia Gutierrez. Coletivo do CPC: Xangô da Mangueira (presidente de honra), Flavio Aniceto (coordenador geral), José Roberto Souza Aguiar (secretário-geral), Roberta Martins, Bia Alves, Diva Alves, Sônia Julianelli Ferreira, Arlete Ramos, Vanusa de Melo, Lúcia Gutierrez, Eliane Duarte, Adagoberto Arruda, Alexandre Pereira da Silva, Teresa Fazolo, Mariaugusta Caio Salvador, Maria Cândida Gonçalves, Gil Miranda, Marcelo Maciel, Valéria Guimarães, Agenor de Oliveira, Paulo César Nunes dos Santos, Lucio Sanfilippo, Simone Lial, Dorina, Tânia Machado outros.
Editorial
Mais Cultura?
Esta semana, finalmente, depois de muita expectativa, o presidente Lula e o ministro Gilberto Gil anunciaram, em Brasília, o Programa de Aceleração do Crescimento para o segmento cultural, que é parte do PAC Social e recebeu o nome de "Mais Cultura". A interrogação acima deve estar sendo feita por parte da população após perceber que o assunto pocuo repercutiu na imprensa.Mais Cultura? Como se fossem mais falações, mais projetos que não serão implementados, etc. Esse tem sido o tom da imprensa em relação ao PAC. Achamos que em áreas como infra-estrutura, segurança, saúde, saneamento, meio-ambiente são muitos os entraves burocráticos, vícios, politicagem e outros cânceres que realmente podem "desacelerar a aceleração", mas, em no caso da cultura, percebemos que o caminho já foi pavimentado nestes cinco primeiros anos. O presidente Lula poderia ter explorado mais o seu bordão "nunca antes na história deste país", pois, realmente, desde a política da Era Vargas, em que Gustavo Capanema foi ministro da Educação e Saúde, e parte do período militar, com a criação do Conselho Federal de Cultura, do planos de metas etc. não temos uma política cultural.Com Sarney, criou-se o ministério da Cultura, deixando o bolo para a Educação (MEC) e uma cereja bem light para a nova pasta. Este mesmo governo criou a primeira lei de incentivo à Cultura, melhorada com Collor – Lei Rouanet – e, desde então, os governos, principalmente o do homem de Cultura FHC, limitaram a política cultural a uma privatização total, derivada da utilização sem critérios públicos, coletivos e sociais das leis de incentivo. Agora, temos um ministério e programas, ainda que questionáveis. Enfim, temos políticas públicas. Mas a imprensa especializada, do "não vai", "não sabe", "não cobre", "não divulga" segue a linha "menos cultura, mais eventos", "menos projetos, maior visibilidade".Para o Mais Cultura andar, basta que a área econômica não feche o cofre, pois o plano prevê investimentos de quase R$ 5 bilhões até 2010. O resto, como dizem os jovens já é!.Mais pontos de cultura? Há demanda, pessoas aptas e projetos. Mais bibliotecas? É urgente e é para já. Vale-cultura? Já não é sem tempo (aliás, esse projeto já foi anunciado várias vezes, está atrasado e depende das negociações entre Cultura e Fazenda). Mudanças na Lei Rouanet? Também são aguardadas e legitimadas pelos que querem uma cultura de inclusão.Para entendermos melhor o Mais Cultura, estamos organizando um seminário com parceiros do CPC e trataremos do assunto, entre muitos outros. Daremos notícias do evento no próximo boletim. Mas, desde já, não só apoiamos como gritamos, tocamos bumbo, tambor, dançamos a dança da chuva, clamamos: Mais Cultura.
Políticas PúblicasFórum pró-conselhos e políticas culturais
Como informamos sempre aqui, nós do CPC, junto com outras organizações, como Comissão Estadual de Gestores Públicos de Cultura - COMCULTURA, Cooperativa de Músicos Independentes Rio de Janeiro - COMUSI, CUCA da UNE, Sindicato dos Artistas e Técnicos, Sindicato dos Trabalhadores em Energia - SINTERGIA, entre outros, estamos mobilizados em torno da construção dos conselhos de cultura como base para o debate organizado sobre políticas culturais.No município do Rio de Janeiro, isto significa apoio ao projeto do vereador Eliomar Coelho (PSOL/RJ), o qual tramita na Câmara de Vereadores desde 1991 e, após ter sido aprovado, foi vetado pelo prefeito César Maia; o veto, por sua vez, foi derrubado pela Câmara, que, conseqüentemente, promulgou o projeto e agora irá aos tribunais, pois a prefeitura alega que é inconstitucional, o que fez com que a Procuradoria do Executivo entrasse na justiça. A Procuradoria da Câmara, por outro lado, sustenta o projeto.Agora, precisamos de mobilizações de apoio, com petições, abaixo-assinados e outros encaminhamentos sobre os quais informaremos em breve.No circuito mais geral, estamos organizando o seminário Conselhos de Cultura e Políticas Culturais em debate, que acontecerá na Semana da Cultura, em 06 de novembro, das 9 às 13h. Pedimos aos nossos leitores e parceiros que agendem esta data.
Dois observatórios para a Cultura:
Pedimos atenção para dois espaços de reflexão sobre a cultura, um presencial e outro virtual, ambos significativos e importantes. Cada vez mais o campo da Cultura colhe iniciativas de formulação de políticas e reflexão.De Minas Gerais vem o Observatório da Diversidade Cultural, iniciado há cerca de três anos na PUC-MG, e que , atualmente, assume uma independência com relação à Universidade. Na página virtual www.observatoriodadiversidade.org.br, temos acesso à programação, documentos, cursos e demais informações. Vale a pena clicar!No contexto virtual, temos o Observatório da Indústria Cultural. Espiem o endereço http://oicult.blogspot.com/.
No Observatório, há uma equipe de pesquisadores e produtores, "trabalhando coletivamente numa perspectiva contra-hegemônica".
Um programa de apoio às bibliotecas
Temos um recado para os gestores públicos municipais:Todas as prefeituras municipais podem se inscrever no programa Livro Aberto da Biblioteca Nacional/Minc, programa de instalação e modernização de bibliotecas públicas. Para tanto, devem estar adimplentes com a União, dispor do espaço adequado e de pelo menos um funcionário especializado.No Programa, que compreende um kit com uma coleção com cerca de dois mil livros, móveis, equipamentos de som, TV, DVD e vídeo, o Biblivre é a grande novidade. Trata-se de um software para arquivamento e digitalização, desenvolvido pela Coordenação dos Programas de Pós-Graduação de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem a vantagem de já vir com a lista do acervo digitalizada.Mais informações: (21) 2240-7929 ou 2210-1134 e snbp@bn.br
Minha Opinião
A semana da cultura
por Ricardo de Moraes*
Há alguns anos, quando definiram o 5 de novembro, dia do nascimento de Rui Barbosa, como data escolhida para comemorar o Dia da Cultura, eu torci o nariz.Preconceito, prejulgamento... Sei lá o que foi.No primeiro momento, achei que as comemorações ficariam dentro de palácios, museus ou outros espaços aonde o povo tem até medo de entrar.Mais uma vez, ficou provado que quem acha vive se perdendo, como disse Noel Rosa.Profissionais da cultura mobilizados imediatamente adotaram a data como referência e as comemorações, hoje, já fazem parte do calendário desses mesmos profissionais, oficializando a Semana da Cultura.Sei que logo poderá até se tornar feriado, afinal o baixo clero de Brasília vive procurando datas para se eternizarem junto aos anais do Congresso Nacional e a seus eleitores.Hoje, no entanto, quando percebo que a sociedade assiste perplexa a uma confusão de valores, em que o antes certo passa a ser errado e o errado passa a ser certo, percebo também que tal confusão se dá principalmente pelo desconhecimento e aceitação do homem, tanto de si próprio quanto do outro.Creio que isso aconteça pela exacerbada valorização do individualismo e do consumo desenfreado que gera uma doentia acumulação e poluição. Vejo ainda que isso só será superado a partir do respeito mútuo e da preservação dos nossos valores culturais, o que também nos remete à preservação ambiental.Porém, retornando ao raciocínio inicial, o mais importante nisso tudo é a ótica de trabalhadores e dos trabalhadores. Os profissionais da cultura precisavam se aceitar e, ao mesmo tempo, serem reconhecidos como TRABALHADORES.São artistas, produtores, críticos, poetas, músicos, compositores, etc. que fazem a nossa alegria. Estes, sim, eternizam nossa cultura, com toda sua diversidade.Viva o Dia da Cultura!
*Ricardo de Moraes é publicitário e produtor cultural.
Os textos publicados nesta sessão são de responsabilidade de seus autores, não do Coletivo CPC Aracy de Almeida.ProgramaçãoQuinzenalmente, em nossa agenda, chamamos atenção para programações que, mais que eventos, constituem, por seus conteúdos, movimentos etc., projetos culturais.
Para outubro indicamos:
13 de outubro - Tardes festivas na Academia Brasileira de Literatura de CordelCompletando 19 anos, a ABLC convida para uma programação especial com a presença de repentistas, cordelistas e outros artistas populares. O ingresso, no valor de R$10,00, dá direito ao almoço, um típico Baião-de-dois, e um livro de cordel.
Data: 13 de outubro, a partir das 13 horasLocal: sede da ABLCrua Leopoldo Fróes, 37, Santa Teresa,/RJ - próximo à Delegacia(ônibus 206 – Silvestre)mais informações: 21-2232-4801 e www.ablc.com.br10 a 14 de outubro - Intensa programação antecede a XII Parada do Orgulho GLBT/RJO Rio de Janeiro tem fama de "tambor cultural" do país e gosta de cultivar um título de cidade da diversidade sexual, mas vive uma contraditória realidade: se temos uma parcela da população auto-intitulada "S" (simpatizante, apoiadora, tolerante à causa homossexual) e políticas públicas, municipal e estadual, pioneiras, caminhando para o reconhecimento dos direitos, inclusive da união civil de pessoas do mesmo sexo, vivemos, por outro lado, um quadro de violência crescente contra a comunidade gay, lésbica, bissexual e transexual. É neste contexto que se dão as atividades preparatórias para e a própria Parada do Orgulho GLBT que este ano, em sua décima segunda edição, tem como tema: Homofobia , criminalização já!Na quarta-feira, 10 de outubro, acontece a festa de abertura da Parada, no Cine Ideal, rua da Carioca, 64 (tel.: 21-2221-1984 e sítio www.cineideal.com.br ), com programação diversa: pocket-show com a cantora Leila Maria, show de drags e de MPB e quase 15 DJ´S!.
No dia 12 de outubro, acontece o 6º Prêmio Arco-íris de Direitos Humanos, às 19h ., no Jardim do Museu da República (rua do Catete, 153). Serão homenageadas pessoas e instituições que se destacaram na promoção da cidadania e direitos da comunidade GLBT e show de Ângela Ro Ro e Divinas Divas. A entrada é franca.
E, finalmente, no dia 14 de outubro, a partir das 13h., na Praia de Copacabana, Posto 6, acontece XII Parada do Orgulho GLBT Rio-2007. Todos lá!!!Mais informações: Grupo Arco-íris de Conscientização HomossexualTel.21- 2215-0844 e 2222-7286 Sítio: www.arco-iris.org.br18 e 25 de outubro e 01 e 08 de novembro - Musical homenageia Gonzaguinha na LapaNossa amiga, cantora e compositora, Adryana BB, apresenta um espetáculo musical em homenagem ao grande Luiz Gonzaga JR: Começaria tudo outra vez é uma comédia na qual as aventuras amorosas de um barman são ilustradas pelas músicas do compositor. O musical será apresentado nos dias 18 e 25 de outubro, 01 e 08 de novembro, sempre ás 20h, no CaféDatas: 18 e 25 de outubro e 01 e 08 d enovembroLocal: Teatro Niño das Artes Luiz Mendonçapraça João Pessoa, 02 – Lapa/RJ(confluência das ruas Mém de Sá e Gomes Freire, ao lado do Banco Real, na Lapa)Entrada: R$12,00 Mais informações: 2508-8217.Em tempo: a casa, de propriedade da atriz Ilva Niño, foi inaugurada há poucos anos por ela e seu filho, o falecido ator e produtor Luiz Carlos Niño, e homenageia o também falecido Luiz Mendonça, diretor teatral, pernambucano como Ilva, seu marido e pai de Luiz Carlos. Mendonça foi um importante impulsionador da carreira teatral de atrizes-cantoras como Elba Ramalho, Tânia Alves e um dos ativos participantes do movimento de cultura popular em Pernambuco, nos anos 1960, durante o governo Arraes.
08 a 29 de outubro - Biografias musicais em pauta na Cândido MendesO curso de Produção e Política Cultural da Universidade Cândido Mendes está promovendo o ciclo de palestras Mestres da Música Brasileira, no qual pesquisadores que escreveram biografias apresentam seus perfilados.08/10 – Mônica Ramalho fala sobre Cartola;22/10 – Edinha Diniz fala sobre Chiquinha Gonzaga;29/10 – nosso amigo e colaborador André Diniz fala sobre Paulinho da Viola.Sempre às segundas, às 21h,Local: Auditório Darcy Ribeiro - Instituto de HumanidadesPraça Pio X, 07/11º andarEntrada franca.
23 e 30 de outubro e 06 e 13 de novembro - Macunaíma em foco
A Casa da Leitura, órgão da Fundação Biblioteca Nacional, promove diversos cursos na área de Literatura. Em outubro e novembro, acontece o curso Leituras de Macunaíma à Luz do Folclore Brasileiro, com o professor Dr. Joel Rufino dos Santos, historiador, Mestre e Doutor em Letras pela UFRJ, romancista e contista.Datas: 23 e 30 de outubro e 06 e 13 de novembro, sempre às terças-feiras, das 15 às 17h.Matrícula: R$30,00Local: rua Pereira da Silva, 86 – Laranjeiras/RJ,Sítio: www.bn.br/prolerMais informações: 21-2557-7437 ou casadaleitura@bn.brSerão emitidos certificados.
Centro Popular de Cultura Aracy de Almeida
Rua Ministro Moreira de Abreu, 370 – Olaria – CEP: 21071-480Telefone: 21-2508-9469 Boletim ARACA on-line
edição: Flavio Aniceto
Conselho editorial: José Roberto Souza Aguiar, Roberta Martins, Vanusa de Melo, Paulo César Nunes dos Santos, Diva Alves, Bia Alves, Fernando Assumpção, Rafael Paschoal, Marcelo Maciel, Maria Cândida Gonçalves e Lúcia Gutierrez. Coletivo do CPC: Xangô da Mangueira (presidente de honra), Flavio Aniceto (coordenador geral), José Roberto Souza Aguiar (secretário-geral), Roberta Martins, Bia Alves, Diva Alves, Sônia Julianelli Ferreira, Arlete Ramos, Vanusa de Melo, Lúcia Gutierrez, Eliane Duarte, Adagoberto Arruda, Alexandre Pereira da Silva, Teresa Fazolo, Mariaugusta Caio Salvador, Maria Cândida Gonçalves, Gil Miranda, Marcelo Maciel, Valéria Guimarães, Agenor de Oliveira, Paulo César Nunes dos Santos, Lucio Sanfilippo, Simone Lial, Dorina, Tânia Machado outros.
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