Pesquisadores discutem em Alagoas situação do negro na Educação
Maceió - AL
Pesquisa e ações sociais para a população negra no País serão assuntos de uma das mesas redondas que prometem aquecer as discussões do 18º Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste (Epenn), que trará para Maceió 2.500 participantes e pesquisadores qualificados. O evento acontecerá no período de 1º a 4 de julho, no Centro de Convenções e no Colégio Marista.
Delcele Mascarenhas Queiroz, doutora em Educação pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb), será uma das expositoras da mesa redonda "População negra: pesquisa e ações sociais no Norte-Nordeste do Brasil". Ela acredita que as dificuldades dos negros não se restringem à educação superior, mas se constroem ao longo do trajeto escolar. "Os problemas se expressam mais visivelmente no ensino superior, porque fica claro o reduzido contingente da raça e o número menor ainda dos que conseguem ingressar e concluir os cursos", destaca a pesquisadora.
Segundo Delcele, a concorrência entre negros e brancos nos vestibulares é desnivelada e essa diferença se prolonga às faculdades, pois "a maioria desses estudantes não pode dedicar-se exclusivamente aos estudos, por necessitare trabalhar". A professora acrescenta que os negros normalmente provêm de escolas públicas e têm menor chance ainda de concorrer ou se manter em cursos mais concorridos.
Apesar de o Brasil ser plural quando o assunto é raça, a discriminação ainda aparece, mesmo que camuflada. Delcele Queiroz afirma que na educação, a forma como o sistema de ensino atua constrói informalmente mecanismos de exclusão do estudante negro. "São discursos e práticas inferiorizantes que, sutilmente, estão presentes no cotidiano da escola. É o "racismo institucional", que não necessita de que ninguém aja diretamente como racista, mas que a própria inércia da estrutura social brasileira, com relação às desigualdades raciais, vai consolidando", enfatiza.
Importância do Epenn
De acordo com a professora, o Epenn é um fórum privilegiado para a reflexão e o debate em torno das temas educacionais dessas regiões e das questões que tratam da educação da população negra também. Essa importância se dá pela grandiosidade do evento, que trará a Maceió cerca de 2.500 participantes de todos os estados das regiões Norte e Nordeste.
Além desse tema tão atual e propulsor de discussões, o Epenn 2007 também colocará em pauta assuntos como a educação indígena, formação do docente e do pesquisador, juventude, inclusão.
Fonte: Assessoria de Comunicação, 18º Epenn / Fundação Palmares
Pesquisa e ações sociais para a população negra no País serão assuntos de uma das mesas redondas que prometem aquecer as discussões do 18º Encontro de Pesquisa Educacional do Norte e Nordeste (Epenn), que trará para Maceió 2.500 participantes e pesquisadores qualificados. O evento acontecerá no período de 1º a 4 de julho, no Centro de Convenções e no Colégio Marista.
Delcele Mascarenhas Queiroz, doutora em Educação pela Universidade Estadual da Bahia (Uneb), será uma das expositoras da mesa redonda "População negra: pesquisa e ações sociais no Norte-Nordeste do Brasil". Ela acredita que as dificuldades dos negros não se restringem à educação superior, mas se constroem ao longo do trajeto escolar. "Os problemas se expressam mais visivelmente no ensino superior, porque fica claro o reduzido contingente da raça e o número menor ainda dos que conseguem ingressar e concluir os cursos", destaca a pesquisadora.
Segundo Delcele, a concorrência entre negros e brancos nos vestibulares é desnivelada e essa diferença se prolonga às faculdades, pois "a maioria desses estudantes não pode dedicar-se exclusivamente aos estudos, por necessitare trabalhar". A professora acrescenta que os negros normalmente provêm de escolas públicas e têm menor chance ainda de concorrer ou se manter em cursos mais concorridos.
Apesar de o Brasil ser plural quando o assunto é raça, a discriminação ainda aparece, mesmo que camuflada. Delcele Queiroz afirma que na educação, a forma como o sistema de ensino atua constrói informalmente mecanismos de exclusão do estudante negro. "São discursos e práticas inferiorizantes que, sutilmente, estão presentes no cotidiano da escola. É o "racismo institucional", que não necessita de que ninguém aja diretamente como racista, mas que a própria inércia da estrutura social brasileira, com relação às desigualdades raciais, vai consolidando", enfatiza.
Importância do Epenn
De acordo com a professora, o Epenn é um fórum privilegiado para a reflexão e o debate em torno das temas educacionais dessas regiões e das questões que tratam da educação da população negra também. Essa importância se dá pela grandiosidade do evento, que trará a Maceió cerca de 2.500 participantes de todos os estados das regiões Norte e Nordeste.
Além desse tema tão atual e propulsor de discussões, o Epenn 2007 também colocará em pauta assuntos como a educação indígena, formação do docente e do pesquisador, juventude, inclusão.
Fonte: Assessoria de Comunicação, 18º Epenn / Fundação Palmares
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