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December 11, 2007

Afinal, o Nobel James Watson tem genes negros

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Afinal, a análise dos "A-T-C-G" de James Watson, as quatro letras do alfabeto genético com que se constrói a molécula de DNA de todos os seres vivos, revela que 16 por cento dos genes do cientista norte-americano são de origem negra, um valor 16 vezes acima da média dos europeus brancos. Um desfecho irônico, depois da polémica em que Watson esteve envolvido em Outubro, por ter afirmado a um jornal britânico que os negros são menos inteligentes do que os brancos. Watson tinha dado uma amostra de sangue para que a empresa 454 Life Sciences e o Centro de Sequenciação do Genoma Humano, ambos nos EUA, pudessem descodificar-lhe a sequência do DNA. Cada um de nós possui a sua própria sequência dos 3000 milhões de pares de letras com que se constrói um ser humano.Em Maio deste ano, Watson, um dos premiados com o Nobel da Medicina de 1962, por ter descoberto a estrutura da molécula de DNA, recebeu a sua sequência de A-T-C-G e, tal como tinha prometido, tornou públicos os dados, na Internet.A partir daí, outra empresa, a DeCODE Genetics, da Islândia, avançou para a análise dos genes do cientista. Esse estudo mostrou que terá herdado 16 por cento dos genes de um antepassado africano, enquanto a maioria dos europeus brancos não tem mais de um por cento de tais genes, relatam os jornais britânicos The Independent e The Sunday Times."Este valor é o que se esperaria para quem tem um bisavô africano", disse Kari Stefansson, líder da DeCODE, citado nestes jornais. "Foi muito surpreendente."A análise do genoma de Watson revelou ainda que outros nove por cento dos seus genes serão oriundos de um antepassado asiático. Fez-se também uma lista das doenças a que o cientista é mais susceptível, como a diabetes de tipo 2, esclerose múltipla, artrite reumatóide ou obesidade.Pelos seus comentários racistas, Watson recebeu uma chuva de críticas. Mesmo os cientistas a trabalhar em Biologia Molecular distanciaram--se das suas afirmações, dizendo que não existe qualquer ligação entre os genes envolvidos na cor da pele e os relacionados com as funções intelectuais e que nem se conhecem as bases genéticas da inteligência.A polémica levou o cientista, de 79 anos, a pedir desculpa, mas o desfecho, ainda em Outubro, foi a sua a demissão do conselho de administração do Laboratório de Cold Spring Harbor, nos EUA, onde trabalhou mais de 40 anos.



Fonte:Público-Portugal

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