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July 14, 2009

RELIGIOSOS DE MATRIZ AFRICANA TERÃO ORGÃO SIMILAR A CNBB

Será no próximo mês de agosto, em Brasília, o Encontro com cerca de 120 lideranças – Yalorixás, Babalorixás e Ogãs de todo o país -, que marcará o lançamento oficial do Fórum Nacional das Religiões de Matriz Africana no Brasil – órgão que terá papel e funções similares ao que já exerce a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para os católicos.

A este Encontro deverão estar presentes as principais lideranças, Babalorixás e Yalorixás – em especial as Mães Silvia de Oxalá, de S. Paulo, Mãe Beata, Mãe Stela, da Bahia e Baba Dyba de Yemanjá, do Rio Grande do Sul - que, na plenária final da II Conferência da Igualdade Racial, realizada no mês passado em Brasília, travaram uma dura batalha para neutralizar resistências a criação do Fórum.

Embora já tenha sido informalmente criado, o Fórum não pôde ser oficializado na Conferência porque o ministro Edson Santos – com o apoio de correntes políticas como a CONEN - entendeu que não seria o caso de criá-lo numa Conferência convocada pelo Governo Brasileiro.

"Consideramos inadequada a criação de um Fórum dentro da Conferência. Eles (os religiosos de matriz africana) vão se organizar no tempo e no local mais adequado para eles. A Seppir não quer tutelar o Movimento religioso, nem católico, nem protestante. Eles devem caminhar com os próprios pés” disse o ministro.

Ao contrário do que se imagina, segundo explicou uma dessas lideranças, as religiões afro não se reduzem ao Candomblé e a Umbanda. Existem outras vertentes em vários Estados, sem contar com as características que a Umbanda e o Candomblé adquirem de acordo com a região em que a religião é professada.

Abaixo do Conselho Superior estará um outro órgão que reunirá todas as entidades nacionais. O Fórum será um novo interlocutor perante o Estado no momento em que as religiões de matriz africana passaram a ser alvo de manifestações de intolerância.



Sonia Nascimento / Mapa da Mídia

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