Cultura investirá mais de R$ 3 milhões no Carnaval Afro
Uma verdadeira transformação no Carnaval de Salvador através da valorização e incentivo financeiro às entidades de matriz africana está em curso. O Programa de Fomento Carnaval Ouro Negro, criado pela Secretaria de Cultura da Bahia – Secult tem como foco principal o apoio ao trabalho das organizações que atuam o ano inteiro, através de projetos culturais em comunidades, e que encontram no Carnaval a visibilidade dessas ações. Como transição para o modelo ideal de fomento, a Secretaria investirá no Carnaval 2008 cerca de R$ 3 milhões em 110 entidades carnavalescas, entre blocos afro, afoxés, blocos de índios, samba e reggae. "Estamos fazendo um investimento, de forma democrática e transparente, apoiando entidades que historicamente vêm garantindo a beleza e a diversidade da folia, mas que em troca não gozam de visibilidade e do apoio privado” afirma o Secretário de Cultura Márcio Meirelles. Como ainda não há informações suficientes sobre as ações culturais dessas entidades, este ano, de forma transitória, o investimento será feito diretamente no Carnaval.O Programa foi criado seguindo orientações do Ministério Público e da Procuradoria Geral do Estado, que listaram uma série de exigências para o repasse de verbas para as entidades carnavalescas, evitando, assim, repetir problemas de prestação de contas e conflitos no rateio das verbas registrados nos carnavais anteriores. Além da ampliação do valor – um milhão de reais a mais que o Carnaval de 2007 - a grande novidade do Programa Ouro Negro é que o repasse será feito diretamente para cada entidade, dispensando a necessidade de agrupamentos, fóruns ou coletivos. Além disso, pela primeira vez haverá antecedência no repasse do dinheiro, já que 50% do valor estará disponível ainda em dezembro."Esse programa de fomento garantirá a antecedência necessária para que as entidades carnavalescas de matriz africana melhor produzam o desfile. Seguindo recomendações do Ministério Público e Procuradoria, o repasse direto permitirá maior controle do uso do dinheiro público já que, ao passar para coletivos, o Governo não mais gerenciava a distribuição dos recursos", afirmou o secretário estadual de Cultura, Márcio Meirelles.
Fonte: Jornal da Mídia
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